Bom Jardim da Serra • Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Santa Catarina • São Joaquim
Viagem de Moto pela Serra do Rio do Rastro, Trilhas e Cachoeiras no Snow Valley em São Joaquim, SC
31 de Outubro, 2020
Viva uma emocionante viagem de moto pela Serra do Rio do Rastro, explore as trilhas ecológicas e cachoeiras no Snow Valley Experience Park em São Joaquim e percorra a rodovia BR-116 na Serra Gaúcha, cercada por paisagens inesquecíveis no sul do Brasil.
No amanhecer de sábado, iniciamos uma inesquecível viagem de moto pela Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, um dos trajetos mais famosos do Brasil pelas curvas desafiadoras e miradouros de tirar o fôlego. Seguimos explorando trilhas ecológicas e cachoeiras no Snow Valley Experience Park, em São Joaquim, no coração da Serra Catarinense, um refúgio natural repleto de aventura e beleza. Para encerrar o dia sobre duas rodas, percorremos a Rodovia BR-116, atravessando os cenários únicos da Serra Gaúcha, em um roteiro que combina pilotagem emocionante, história e algumas das paisagens mais impressionantes do sul do país.

Despertamos bem cedo com a expectativa de assistir ao nascer do sol entre as montanhas verdejantes da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Contudo, à medida que o horizonte clareava, nuvens carregadas indicavam que talvez o espetáculo não aconteceria como imaginávamos.

Sem nos deixar abater, preparamo-nos para a estrada: calças de cordura, jaquetas de couro, botas resistentes, capacetes ajustados e a ansiedade de aproveitar cada curva da icônica Serra do Rio do Rastro, amplamente reconhecida como uma das estradas mais bonitas do mundo.

O cenário ao longo da rodovia SC-390 reafirma por que a Serra do Rio do Rastro é um destino imperdível para motociclistas, ciclistas e amantes da natureza. Suas vistas panorâmicas, biodiversidade preservada e curvas desafiadoras transformam a viagem em uma experiência única, atraindo visitantes do Brasil e do exterior em busca de aventura e contemplação.

Como nossa hospedagem ficava praticamente ao pé da serra, começamos o dia descendo até o início da Serra do Rio do Rastro, em Lauro Müller, onde foi instalado recentemente um mirante.

Esse ponto oferece uma vista privilegiada do vale, sendo ideal para registrar imagens espetaculares e sentir a imponência desse ícone do turismo de estrada em Santa Catarina.

Após admirar a paisagem e registrar algumas fotos no mirante de Lauro Müller, iniciamos a subida dos 12 quilômetros mais conhecidos da SC-390, que levam até o mirante principal da Serra do Rio do Rastro, já no município de Bom Jardim da Serra, SC.

Rodeados pela exuberância da Mata Atlântica, seguimos por um traçado sinuoso que serpenteia o vale. A cada curva, revelavam-se paisagens preservadas e diferentes perspectivas da serra, transformando o trajeto em um verdadeiro espetáculo natural.


Enquanto avançávamos, os primeiros trabalhadores responsáveis pelas obras de revitalização da rodovia chegavam aos seus postos.


A ausência de movimento nesse horário da manhã fez com que tivéssemos a sensação de que a Serra do Rio do Rastro estava reservada apenas para nós.



A Formosa, como carinhosamente chamamos nossa Harley-Davidson Heritage Softail Classic, bailava com suavidade pelas fechadas curvas da estrada lendária.


O equilíbrio entre a pilotagem e o ronco característico do motor Twin Cam complementava a grandiosidade da paisagem, criando momentos únicos de conexão entre máquina e natureza.


Essa foi nossa segunda visita à Serra do Rio do Rastro com a Formosa, a primeira aconteceu em 2016. Ainda assim, a beleza singular, a quantidade de curvas e o encanto que envolvem essa estrada nos inspiram a retornar sempre que possível. Cada visita revela detalhes diferentes, reforçando a vontade de explorá-la repetidas vezes.



Mais do que uma obra de engenharia, a Serra do Rio do Rastro guarda relevância geológica e histórica. Seu traçado atravessa a Coluna White, uma importante formação estratigráfica que remonta ao antigo supercontinente Gondwana, atraindo também o interesse de estudiosos da geologia.



A história da estrada remonta ao século XIX. Em meados de 1870, moradores abriram uma trilha na mata para ligar o Porto de Laguna aos Campos de Cima da Serra, em Bom Jardim da Serra. Chamado inicialmente de Serra do Doze, o caminho ganhou posteriormente o nome atual.


Somente na década de 1980 a Serra do Rio do Rastro deixou de ser de terra e foi pavimentada, além de receber iluminação, transformando-se na rodovia cênica que conhecemos hoje.


São 35 km que conectam o litoral catarinense ao planalto serrano, sendo cerca de 12 km com curvas fechadas e forte aclive.


À medida que subíamos a Serra do Rio do Rastro, fomos envolvidos por uma neblina densa e uma fina garoa. Em certos trechos, a visibilidade se reduzia a poucos metros, tornando o percurso desafiador, mas também mágico.




Chegando ao topo da Serra do Rio do Rastro, estacionamos a Formosa no mirante localizado a 1.421 metros de altitude.


O Mirante da Serra do Rio do Rastro é um dos pontos turísticos mais visitados de Santa Catarina. Em dias claros, oferece uma vista panorâmica impressionante das montanhas, do vale e até do mar ao fundo. Porém, nesta ocasião, nos contentamos em contemplar a névoa que dominava o cenário.


Com a chuva se intensificando, nos despedimos da Serra do Rio do Rastro levando conosco a lembrança de mais uma experiência marcante em uma das estradas mais belas do planeta, um trajeto que combina história, geologia, natureza e emoção a cada curva.

Seguimos viagem pela SC-390 sob uma densa neblina e chuva constante, até nos aproximarmos do pórtico de Bom Jardim da Serra, SC. Foi justamente nesse ponto que a chuva cessou e a névoa começou a se dissipar, revelando gradualmente a beleza da paisagem serrana.

Próximo ao portal da cidade, fizemos uma breve parada para apreciar a Cascata da Barrinha. Apesar de pequena, essa queda-d’água encanta pela simplicidade e pelo cenário natural que a envolve, tornando-se um ponto fotográfico especial para quem percorre a região.


Após registrar algumas imagens da cascata, retomamos a viagem de moto pela rodovia, seguindo entre montanhas e campos que compõem a diversidade da Serra Catarinense.


Poucos quilômetros adiante, chegamos ao centro de Bom Jardim da Serra.


Conhecida como a “Capital das Águas” por conta da grande quantidade de nascentes em seu território, o município possui cerca de 4.500 habitantes e está localizado a aproximadamente 230 km de Florianópolis. Com sua atmosfera pacata, Bom Jardim da Serra é um destino que reflete bem a hospitalidade e a tradição cultural da Serra Catarinense.


Entre os atrativos da cidade, visitamos a Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ponto de referência para a comunidade local e um marco religioso que contribui para a identidade da cidade.


Ao deixar o centro urbano, passamos em frente à Câmara Municipal de Vereadores e seguimos rumo à próxima etapa da viagem.


Na sequência, cruzamos a ponte sobre o Rio Pelotas, que nasce no Parque Nacional de São Joaquim e marca parte da divisa natural entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.


De volta à estrada, ainda enfrentamos algumas pancadas de chuva intermitentes, mas a paisagem continuava a se transformar em um convite à contemplação.


Já próximos a São Joaquim, transitando pela SC-110, o clima começou a melhorar, abrindo caminho para novos cenários e experiências na Serra Catarinense.

Com o céu limpo e a temperatura amena, chegamos ao Snow Valley Experience Park, já em território de São Joaquim – SC. O local é conhecido por suas atividades ao ar livre e paisagens deslumbrantes, sendo um espaço ideal para aventuras e também para momentos de relaxamento em meio à natureza.

Snow Valley Experience Park
Inspirado nos modelos dos Parques Nacionais Norte-Americanos, o Snow Valley Experience Park oferece uma gama completa de facilidades e atividades. O local conta com restaurante, cafeteria, loja de souvenirs, pousada, hostel, além de uma variedade de atividades ao ar livre.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Snow Valley Experience Park partindo do centro de Florianópolis – Santa Catarina – Brasil:
Contatos do Snow Valley Experience Park
- Endereço: Rodovia SC-110, Km 426 | São Joaquim – Santa Catarina – Brasil
- Telefone: (49) 3233-3447
- E-mail: snowvalley@snowvalley.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Snow Valley Experience Park.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: da 0h às 24h
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
*Valores variados conforme a atividade desejada.
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 4 horas

Fundado na década de 1960 por imigrantes norte-americanos, o Snow Valley é um dos parques mais tradicionais da região, combinando lazer, cultura e contato direto com a mata nativa.

O parque oferece uma ampla variedade de atrações: restaurante e cafeteria com pratos típicos serranos, cabanas aconchegantes para hospedagem, atividades de aventura como tirolesas, trilhas ecológicas, arvorismo, escalada, pêndulo e programas de imersão em inglês. Essa diversidade faz do Snow Valley um verdadeiro refúgio para quem busca diversão, descanso ou experiências diferenciadas em contato com a natureza.

Após um reconfortante chá, partimos para a Trilha Sensorial dos Xaxins (Sensorial Trail). Esse percurso tem como proposta despertar os sentidos: ouvir o canto dos pássaros, sentir o aroma da floresta, o frescor da água e se conectar à energia revitalizante da mata.

Sensorial Trail | Trilha Sensorial dos Xaxins
Percorra a Trilha Sensorial dos Xaxins no Snow Valley Experience Park, um convite para despertar os sentidos, ouvir o canto dos pássaros, perceber os cheiros da mata, sentir na pele o toque da água fresca, envolver-se na energia da floresta e conhecer o famoso portal dos enamorados.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar na Trilha Sensorial dos Xaxins do Snow Valley Experience Park partindo do centro de Urubici – Santa Catarina – Brasil:
Contatos do Snow Valley Experience Park
- Endereço: Rodovia SC-110, Km 426 | São Joaquim – Santa Catarina – Brasil
- Telefone: (49) 3233-3447
- E-mail: snowvalley@snowvalley.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Snow Valley Experience Park.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: da 0h às 24h
Valores de Ingresso
- Público em geral: R$ 20,00
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Informações da Trilha
Extensão, tempo e nível de dificuldade da trilha:
- Percurso: A trilha possui uma extensão de 1.600 metros.
- Duração: A média de tempo para completar a trilha é de 2 horas e 30 minutos.
- Nível de Dificuldade: O nível de dificuldade varia de leve a moderado.


A trilha começa ao lado do restaurante, em uma estrada de terra. Para os mais aventureiros, há a opção de descer parte do trajeto pela tirolesa, mas preferimos seguir a pé para aproveitar cada detalhe.

Nosso guia foi o simpático Sam, um labrador carismático e mascote do parque. Sempre animado, ele nos acompanhou a cada passo, tornando a caminhada ainda mais agradável e inesquecível.

Poucos minutos depois, passamos pela área onde está localizado o hostel do complexo, próximo à casa de Sam. Ele fez questão de nos “apresentar” seu lar antes de seguir adiante pela trilha.

Logo entramos em um caminho ladeado por imponentes xaxins. Essas árvores, símbolos da Mata Atlântica, criam um ambiente único, quase mágico, e reforçam a importância da preservação ambiental da Serra Catarinense.

Durante todo o trajeto, Sam mantinha sua rotina de guia exemplar: seguia à frente, mas sempre olhava para trás quando parávamos para fotografar ou descansar, certificando-se de que todos estavam acompanhando o grupo.


Na primeira bifurcação, ele repetiu o comportamento atencioso, tomando a dianteira pelo caminho certo, parando e aguardando que todos seguissem a direção correta.



Pouco depois, chegamos à primeira cachoeira da trilha, a Cascata das Tiribas. O espetáculo natural é ainda mais cativante pelo entusiasmo de Sam, que não hesitou em mergulhar nas águas geladas do poço formado pela queda-d’água.


Seguimos por dentro da mata nativa até alcançar o final do circuito de tirolesa, onde fizemos uma pausa merecida.


Entre descanso e hidratação, aproveitamos para contemplar o cenário antes de continuar a pernada.



Logo adiante, chegamos à segunda queda-d’água, a Cascata do Puma.


Mais uma vez, Sam participou ativamente: dessa vez, cumpriu o papel como fotógrafo, registrando um clique memorável com a cascata ao fundo.



A trilha sensorial do Snow Valley é circular, tem aproximadamente 1,6 km de extensão e pode ser concluída em cerca de 2h30.




Nesse percurso, o visitante é convidado a explorar a natureza de forma mais profunda, estimulando visão, audição, olfato e tato em uma experiência completa de imersão ambiental.



Seguindo adiante, chegamos ao Poço das Trutas, marcado por uma queda-d’água pequena e charmosa, que forma um cenário de grande beleza natural.



Para encerrar a aventura, caminhamos até a Cascata Congelada, um espetáculo impressionante e ponto alto da trilha.


No retorno ao ponto inicial, agradecemos e nos despedimos de Sam, nosso guia de quatro patas, que tornou a experiência no Snow Valley ainda mais especial.



Seguimos viagem pela SC-110, percorrendo mais alguns quilômetros com a Formosa, enquanto a paisagem serrana se desdobrava diante de nós.


Em poucos minutos, chegamos ao pórtico de São Joaquim, cidade amplamente reconhecida por seu cultivo de maçãs e por registrar algumas das temperaturas mais baixas do Brasil, sendo considerada um dos destinos mais frios do país.



Conhecida como a “Capital Nacional da Maçã”, São Joaquim abriga cerca de 30 mil habitantes e está situada a 1.360 metros de altitude. Durante o inverno, atrai turistas de todo o Brasil que buscam vivenciar o frio intenso, as geadas típicas e, ocasionalmente, a neve, fenômeno raro, mas que reforça o charme da região.


Ao chegarmos ao centro da cidade, nossa primeira parada foi em frente à Prefeitura Municipal, um ponto emblemático que simboliza o coração administrativo de São Joaquim, SC.

Logo ao lado, observamos o Monumento Manoel Joaquim Pinto, uma homenagem ao bandeirante que deu origem ao município.

As esculturas em madeira, criadas pelo artista local Élson Outuki, retratam de forma vívida a saga dos tropeiros em Santa Catarina, valorizando a memória histórica da cidade.

O centro de São Joaquim preserva ainda um conjunto de casarões de época, que remetem a um passado marcado pela colonização e pelo ciclo tropeiro. Suas fachadas conservadas e detalhes arquitetônicos transportam o visitante para uma verdadeira viagem no tempo, contribuindo para a atmosfera nostálgica da cidade serrana.



Em contraste, a imponente Igreja Matriz de São Joaquim chama a atenção com sua arquitetura em pedra basalto.





Inaugurado em 1935, o templo religioso se destaca na paisagem urbana não apenas pela importância espiritual, mas também pela robustez estética, diferenciando-se das construções históricas vizinhas.



Em frente à igreja está a Praça João Ribeiro, a principal praça da cidade. Bem cuidada, arborizada e com jardins floridos, ela representa um espaço de encontro para moradores e visitantes, reforçando o charme do centro urbano.



Na sequência, subimos até um ponto elevado onde está instalada uma cruz, que proporciona uma vista panorâmica de São Joaquim e de sua área urbana.

O cenário revela a cidade emoldurada pela vegetação serrana, compondo uma das perspectivas mais bonitas do município.

Após contemplar a paisagem, deixamos o centro para seguir viagem. Mas antes de nos despedirmos oficialmente de São Joaquim, fizemos uma parada estratégica em frente ao pórtico da cidade, registrando um último momento nesse destino tão singular da Serra Catarinense.

De volta à estrada, seguimos pela SC-114 até o Mirante dos Pinheiros, também conhecido como Mirante das Araucárias, um dos pontos turísticos mais visitados da região.


Localizado às margens da rodovia, o mirante proporciona uma vista ampla da paisagem serrana, marcada pela imponência das Araucárias (Araucaria angustifolia), conhecidas popularmente como Pinheiros-do-Paraná.

Essas árvores podem alcançar até 50 metros de altura e são um verdadeiro símbolo do sul do Brasil, compondo um cenário típico da Serra Catarinense e reforçando a importância da conservação desse patrimônio natural.



Após explorar a beleza serena do Mirante dos Pinheiros, retomamos nossa viagem pelas estradas de Santa Catarina.

Enquanto avançávamos pela SC-114, o clima mostrou sua característica imprevisibilidade. Em poucos minutos, o céu limpo deu lugar a nuvens carregadas, que logo trouxeram chuva intensa, transformando a paisagem e reforçando a diversidade climática tão marcante da Serra Catarinense.

Protegemos o equipamento fotográfico e seguimos contornando a cidade de Lages, onde acessamos a BR-116, rumo ao sul. A estrada, sob chuva persistente, revelava cenários em constante mudança.

Entre Lages (SC) e Vacaria (RS) enfrentamos um temporal severo. Rajadas de vento balançavam a Formosa, enquanto o dia escurecia como se fosse noite. Raios iluminavam o céu e criavam uma atmosfera dramática, tornando esse trecho da viagem tão desafiador quanto memorável.

Somente ao chegarmos à área urbana de Vacaria a chuva cessou, permitindo que seguíssemos em condições mais amenas.


Atravessamos a cidade gaúcha sem paradas, avançando pela rodovia até alcançarmos o trevo que interliga a BR-116 com a RS-122.


Ambas as rotas levam a Caxias do Sul, mas, em função do propósito da Moto Expedição 2020: Belas Rotas, na qual pretendemos percorrer as estradas mais bonitas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,São Paulo e Rio de Janeiro, optamos por seguir pela BR-116.


Essa escolha não diminui a beleza da RS-122, mas a BR-116 guarda um charme particular em seu trecho entre Campestre da Serra e São Marcos, reconhecido pelas vistas espetaculares da Serra Gaúcha. Suas paisagens de tirar o fôlego acompanhadas por um asfalto sinuoso, fazem dessa estrada um dos trajetos mais icônicos para motociclistas que buscam emoção e contemplação.



Seguimos viagem pela região dos Campos de Cima da Serra, alternando entre pancadas de chuva e momentos de céu aberto.




Ao cruzarmos Campestre da Serra, entramos de fato na Serra Gaúcha, onde as curvas ficam mais fechadas e desafiadoras.



Esse trecho sinuoso da BR-116, estreito e sem acostamento, está entre meus favoritos para pilotar uma moto! A atenção exigida é compensada pelo prazer de conduzir a moto em curvas técnicas e pela recompensa visual das panorâmicas impressionantes que se abrem a cada trecho.



A BR-116 é a rodovia federal mais extensa do Brasil, com cerca de 4.385 km. Considerada a espinha dorsal do transporte rodoviário do país, a estrada foi inaugurada oficialmente em 1957 e atravessa 10 estados brasileiros.



A descida pelo Vale do Rio das Antas pela via é uma das experiências mais marcantes da Serra Gaúcha. A combinação de curvas fechadas, subidas íngremes e paisagens grandiosas faz desse trajeto um verdadeiro paraíso para quem viaja sobre duas rodas.



O Rio das Antas marca a divisa natural entre Campestre da Serra e São Marcos. À beira da ponte que cruza o rio, há uma pequena cachoeira que, devido à estiagem, estava quase sem água, mas ainda assim compôs o cenário.



Após cruzar a ponte, iniciamos a subida íngreme pela estrada sinuosa, imersos em um cenário deslumbrante. O percurso oferecia vistas que alternavam entre montanhas, vales e araucárias, revelando toda a beleza da Serra Gaúcha.




Entre céu azul e nuvens carregadas, alcançamos a cidade de São Marcos, atravessando rapidamente seu centro urbano.




Com cerca de 22 mil habitantes, São Marcos é considerada a “Capital do Basalto”, devido à exploração e beneficiamento da pedra que move boa parte da economia local.




Colonizada por imigrantes italianos no final do século XIX, a cidade preserva tradições culturais fortes, como o dialeto vêneto, a música típica e a gastronomia à base de massas e vinhos.




Além disso, São Marcos é reconhecida pelo turismo religioso, com igrejas históricas que se destacam na paisagem urbana e rural, um belo exemplo é a charmosa capela localizada às margens da rodovia federal no distrito de Pedras Brancas.



Acompanhados pelo pôr do sol, seguimos pelos últimos quilômetros até Caxias do Sul, RS.



A estrada entre São Marcos e Caxias do Sul é um verdadeiro presente para motociclistas: estreita, sem acostamento e repleta de curvas, proporciona uma experiência de pilotagem intensa e envolvente, valorizada ainda mais pela beleza natural ao redor.



Chegamos a Caxias do Sul já ao anoitecer, encerrando o dia direto no hotel para descansar após tantas aventuras em estradas sinuosas.


A noite ainda nos presenteou com uma despedida especial: a visão de uma lua cheia iluminando o céu da Serra Gaúcha, o fecho perfeito para um sábado inesquecível, repleto de descobertas, desafios e paisagens marcantes.

Acima o mapa com o trajeto percorrido no dia entre Lauro Muller – SC e Caxias do Sul – RS.


Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Maravilha de rota, que curtição !!!
Dica pra próxima passagem em São Joaquim/SC – Vinícola Villa Francioni.
Grande abraço.
Obrigado pela dica Fernando. Até cogitamos visitar uma vinícola na cidade, mas haviam várias opções e não sabíamos em qual ir, no fim acabamos não visitando nenhuma. Abraços…
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
Ah, relaxe, seu endereço de e-mail será mantido sob sigilo total (sabemos guardar segredos, palavra de escoteiro) e não será publicado.