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Viagem de Moto pelo Alto Uruguai Gaúcho: Gaurama, Viadutos e Marcelino Ramos
30 de Novembro, 2019Embarque em uma viagem de moto pelo Alto Uruguai: Gaurama, Viadutos e Marcelino Ramos, com destaque para a Estação Barro, águas termais, histórica Ponte Férrea de 1913 e Santuário Nossa Senhora da Salette.
Dedicamos o sábado a uma emocionante viagem de moto pela região do Alto Uruguai Gaúcho, explorando a charmosa cidade de Gaurama, com destaque para a centenária Estação Barro. Seguimos para Viadutos, onde caminhamos pelo centro da cidade, e concluímos o passeio em Marcelino Ramos, um destino turístico renomado, famoso por seu balneário às margens do Rio Uruguai, que atrai visitantes de todo o Brasil em busca de suas águas termais. Em Marcelino Ramos, tivemos a oportunidade de conhecer de perto a histórica Ponte Férrea de 1913, que marcou a primeira ligação terrestre entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Finalizamos o dia visitando o imponente Santuário Nossa Senhora da Salette, um importante centro de fé e espiritualidade da região.
Aproveitamos o sábado ensolarado para um passeio de moto pela deslumbrante região do Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul.
Saímos de Erechim, conhecida como a “Capital da Amizade”, seguindo pela rodovia estadual RS-331.
Após percorrer aproximadamente 20 km, chegamos à charmosa cidade de Gaurama, RS.
A história de Gaurama está intimamente ligada à construção da ferrovia São Paulo – Rio Grande, que impulsionou o desenvolvimento do município.
Na época, a região abrigava a Estação Barro, um ponto de abastecimento de água e lenha para as marias-fumaças. Foi em torno dessa estação que o povoado começou a se formar, dando origem à comunidade local.
Ao chegarmos ao centro de Gaurama, estacionamos a Formosa próximo à Praça Principal. Em seguida, iniciamos uma agradável caminhada para explorar a cidade.
Pouco depois, chegamos à Estação Barro, a antiga e bem preservada estação ferroviária, tombada como Patrimônio Histórico Municipal.
Até 1944, a localidade era conhecida como Vila Barro, nome inspirado em um banhado existente na região. Nesse ano, a vila foi renomeada para Gaurama. Algumas fontes sugerem que o novo nome deriva de “ngayrama“, uma planta nativa semelhante ao ingá.
Praticamente ao lado da Estação Barro, encontra-se a Prefeitura Municipal de Gaurama, simbolizando o centro administrativo da cidade.
Gaurama viveu seu auge nas décadas de 1930 e 1940, quando diversas indústrias começaram a se instalar na localidade, incluindo frigoríficos, empresas de erva-mate, vinícolas, cervejaria, fábrica de bebidas gaseificadas e moinhos coloniais.
Em 1954, Gaurama conquistou sua emancipação e deixou de ser um distrito de Erechim, tornando-se oficialmente um município independente no Rio Grande do Sul.
Atualmente, Gaurama possui cerca de 6.000 habitantes e é carinhosamente chamada de “A Princesa do Alto Uruguai”, destacando-se pelo charme e pela importância histórica na região.
Logo passamos em frente à igreja católica da cidade, a Paróquia São Luiz Gonzaga, que é a matriz de Gaurama e um dos marcos religiosos e culturais do município.
A bela igreja, fundada em 1919, está situada no ponto mais alto da cidade, oferecendo uma vista privilegiada e sendo um símbolo histórico e espiritual de Gaurama, RS.
Após uma breve caminhada pelo centro de Gaurama, subimos novamente na Formosa e deixamos a cidade, retomando nosso trajeto pela rodovia RS-331.
A rodovia estadual, asfaltada e em ótimo estado de conservação, nos brinda com belas paisagens rurais ao longo do caminho, proporcionando uma viagem agradável e repleta de cenários encantadores.
Após percorrermos cerca de 10 quilômetros, chegamos à cidade de Viadutos, RS.
Emancipado em 1959, o município de Viadutos recebeu esse nome em razão da grande quantidade de pontes metálicas da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande presentes em seu território.
Atualmente, Viadutos conta com cerca de 5.000 habitantes. Sua economia é predominantemente agrícola, com destaque para as pequenas propriedades rurais que caracterizam o município.
Fizemos uma breve pausa em Viadutos para uma foto da Formosa em frente à Prefeitura Municipal, registrando o momento em um dos pontos centrais da cidade.
Em seguida, paramos em frente à Igreja Sagrado Coração de Jesus, outro ponto marcante da cidade, para mais uma foto da Formosa.
A Igreja Matriz de Viadutos, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, se destaca por sua arquitetura peculiar, que lembra o formato de um chalé, conferindo-lhe um charme único.
Depois caminhamos pela arborizada e bem cuidada Praça da Matriz, onde um imponente chafariz no centro da praça chama a atenção, adicionando um toque de elegância ao local.
De Viadutos, seguimos pela rodovia RS-331 e passamos pela localidade de Pinhalzinho, já no município de Marcelino Ramos, RS.
Cerca de 20 km depois, chegamos na cidade gaúcha de Marcelino Ramos.
Situada às margens do lago da Usina Hidrelétrica de Itá, formado pelas águas do Rio Uruguai (divisa natural entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina), Marcelino Ramos é conhecida como “A Terra das Águas” e ostenta o título de “Capital do Turismo do Alto Uruguai”.
A cidade atrai turistas de diversas regiões, buscando suas águas termais, turismo rural, passeios no lago e, claro, os fiéis da tradicional Romaria de Nossa Senhora da Salette.
Logo na entrada do município, o Belvedere Marcelino Ramos oferece uma vista deslumbrante do Rio Uruguai, com parte do Balneário de Marcelino Ramos à vista e, do outro lado do rio, as terras catarinenses.
A partir dali, enfrentamos um acentuado declive até chegarmos ao centro da cidade.
Estacionamos a Formosa no centro de Marcelino Ramos e iniciamos uma caminhada para explorar as ruas da cidade.
Passamos pela pequena, mas bela, Paróquia São João Batista, um dos marcos religiosos de Marcelino Ramos, RS.
Aproveitamos para fotografar o termômetro, que marcava impressionantes 35 graus, um reflexo do calor intenso da região.
Exploramos a florida Praça Padre Basso, um espaço agradável e bem cuidado, que embeleza ainda mais o centro de Marcelino Ramos.
E, é claro, não perdemos a oportunidade de tirar uma foto em frente à Prefeitura Municipal de Marcelino Ramos, registrando o momento em um dos pontos principais da cidade.
Até 1893, a área onde se situa Marcelino Ramos permanecia inexplorada, coberta por mata virgem e habitada pelos nativos índios coroados.
Pertencendo ao município de Passo Fundo, o povoamento teve início durante a Revolução de 1893, quando algumas famílias, buscando refúgio, se estabeleceram às margens do rio. Esse povoado, localizado em frente à foz do Rio do Peixe, passou a ser chamado de “Barra”.
A construção da ferrovia São Paulo – Rio Grande e da ponte sobre o Rio Uruguai, um marco histórico, intensificou o desenvolvimento local, e o povoado ficou conhecido como “Estação do Alto Uruguai” ou simplesmente “Alto Uruguai”. Após a construção da ponte de ferro, em 1911, uma grande cheia obrigou a transferência do povoado para o local onde hoje está a sede do município.
Para essa nova área, migraram colonos das “Colônias Velhas,” que impulsionaram o progresso da localidade, renomeada para Marcelino Ramos em homenagem ao engenheiro responsável pelo traçado da ferrovia.
Em 1938, Marcelino Ramos foi elevada à condição de vila e, em 28 de dezembro de 1944, conquistou sua emancipação, com a instalação do município realizada em 1º de janeiro de 1945.
Atualmente, Marcelino Ramos conta com cerca de 5.000 habitantes. A linha férrea, que deu origem ao nome da cidade, também abriga um de seus ícones: a Ponte Rodoferroviária de 1913. Essa ponte histórica liga o município de Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, a Alto Bela Vista, em Santa Catarina.
A Ponte Férrea de Marcelino Ramos, importada da Bélgica, possui 455 metros de extensão e foi a primeira ligação terrestre entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A histórica estrutura continua em pleno funcionamento e se destaca por sua estrutura de ferro e piso de madeira, onde tábuas soltas tornam a travessia entre os dois estados um verdadeiro desafio, especialmente para motociclistas.
Da Ponte Férrea de Marcelino Ramos, seguimos em direção ao Balneário de Marcelino Ramos, um dos principais destinos turísticos da cidade.
O trajeto que liga o centro de Marcelino Ramos ao balneário é totalmente asfaltado, sinuoso e margeia o belíssimo Rio Uruguai, proporcionando cenários maravilhosos ao longo do caminho.
O Balneário de Marcelino Ramos é um destino agradável e bem estruturado, oferecendo aos visitantes diversas opções de lazer.
O local conta com área de camping, churrasqueiras, lanchonete, restaurantes, hotéis e o renomado Complexo de Águas Termais, Termas Marcelino Ramos, com piscinas de água sulfurosa recomendadas para banhos relaxantes e tratamentos de saúde.
As águas termais de Marcelino Ramos foram descobertas em 1959, durante a perfuração de poços em busca de petróleo.
Com essa descoberta, iniciou-se rapidamente a construção do balneário, que trouxe grande sucesso para a cidade, especialmente nas décadas de 1970 e 1980.
A partir da segunda metade dos anos 1990, o município foi impactado pela construção da Usina Hidrelétrica de Itá. A formação do lago exigiu a relocação de centenas de moradores e também o reposicionamento do balneário de águas termais.
Em dezembro de 2000, foi inaugurado o novo Complexo Termal de Marcelino Ramos, com uma estrutura moderna e vista para o Lago da Usina Hidrelétrica de Itá – SC.
Após registrar algumas fotos do Balneário de Marcelino Ramos, seguimos para o Santuário de Nossa Senhora da Salette, um importante ponto de peregrinação e fé na região.
Santuário Nossa Senhora da Salette
O Santuário de Nossa Senhora da Salette, em Marcelino Ramos, é um dos maiores centros de peregrinação do Rio Grande do Sul, atraindo fiéis de diversas regiões.
Como chegar
Mapa e roteiro de como chegar no Santuário Nossa Senhora da Salette partindo do centro de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil:
Contatos do Santuário Nossa Senhora da Salette
- Endereço: Rua Nossa Senhora da Salette, 01 | Marcelino Ramos – Rio Grande do Sul – Brasil
- Telefones: (54) 99709-7274 | (54) 99604-8676
- E-mail: contato@santuariosalette.com.br
Para obter informações mais detalhadas, visite o site oficial do Santuário Nossa Senhora da Salette.
Horários de Funcionamento
- Todos os dias: 8h00 às 11h30 e das 13h00 às 19h00
Valores de Ingresso
- Público em geral: Gratuito
Recomendamos verificar as tarifas antes da sua viagem, pois os valores podem ser alterados a qualquer momento.
Tempo Médio de Visitação
- 1 hora
Em 1938, Dom Antônio Reis participou da Romaria com milhares de romeiros e, tocado pela grandiosa manifestação de fé, sugeriu aos Missionários Saletinos a construção de um Santuário.
Em 1942, foi instalado um “Fac-símile” representando o local da Aparição de Nossa Senhora da Salette, na França. Finalmente, em 1948, durante a Romaria, Dom Antônio Reis inaugurou e abençoou solenemente o Santuário, que foi erguido ao lado do Seminário.
Nos dias atuais, o Santuário Salette de Marcelino Ramos é um dos maiores centros de peregrinação do Rio Grande do Sul e do Brasil, atraindo fiéis de diversas regiões.
Principalmente durante o mês de setembro, quando acontece a tradicional Romaria em devoção à santa, a Romaria da Nossa Senhora da Salette.
Localizado no alto de um morro, o Santuário Salette de Marcelino Ramos é muito bem preservado, cercado pela natureza e ideal para renovar as energias em um ambiente de paz e espiritualidade.
Passamos vários minutos no local, aproveitando a energia positiva do ambiente e admirando a bela vista parcial da cidade de Marcelino Ramos e do Rio Uruguai.
No final do dia, nos despedimos de Marcelino Ramos e retornamos a Erechim pelo mesmo trajeto da ida, encerrando nosso passeio com boas lembranças da região.
Acima o mapa com o percurso entre Erechim – RS e Marcelino Ramos – RS.
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