O sábado amanheceu ensolarado em Erechim, dia perfeito para um passeio de moto. Colocamos os capacetes, subimos na Formosa e pegamos estrada com destino a Passo Fundo – RS.
Após deixar o centro da Capital da Amizade rodamos alguns quilômetros até chegar em um entroncamento, no qual a placa indica o acesso ao município de Ipiranga do Sul.
Um fato curioso é que a rodovia BR-153 segue pelo lado direito do entroncamento, sentido Ipiranga do Sul, e seus próximos 80km são de terra, até chegar no município de Passo Fundo, onde o pavimento volta a ser asfaltado.
Assim sendo, ao seguir reto deixamos a Rodovia Transbrasiliana e passamos a rodar pela rodovia ERS-135, que segue em paralelo à rodovia federal e termina justamente em Passo Fundo, onde volta a se encontrar com a BR-153.
O percurso de aproximadamente 80km da ERS-135 entre Erechim e Passo Fundo é todo asfaltado, pedagiado (paga-se pedágio apenas no sentido Passo Fundo – Erechim e motos são isentas da tarifa) e a paisagem ao redor da estrada é composta por imensas áreas de plantio.
Após rodar cerca de uma hora pela rodovia estadual chegamos ao destino do dia, Passo Fundo.
No principal trevo de acesso à cidade, entre as rodovias ERS-135 e BR-285, está a Estátua aos Cavaleiros do Mercosul.
O monumento é uma homenagem ao grupo que realizou uma cavalgada de Passo Fundo a Viña del Mar, no Chile. Ao todo, foram 2.500 quilômetros percorridos em 60 dias.
Contornamos a cidade de Passo Fundo e seguimos até o Complexo Turístico da Roselândia.
O local oferece uma completa estrutura para realização de feiras, rodeios, prática de esportes, além de um kartódromo.
Alguns quilômetros após o pórtico do Complexo Turístico Roselândia fica a Cervejaria Farrapos.
Cervejaria Farrapos
Local: Avenida Araucária, 1.450 | Roselândia | Passo Fundo – RS
Telefone: (54) 3313-0800
E-mail: contato@farrapos.rs
Site: http://www.farrapos.rs/
Funcionamento: Segunda a sexta das 9h00 às 12h00 e das 13h30 às 18h00 | Sábado das 10h00 às 14h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 30 minutos
Fundada em abril de 2011, a cervejaria conta com equipamentos modernos.
Entre os anos de 2014 e 2016 dedicou-se exclusivamente à produção de cervejas sem glúten, sendo a primeira cervejaria brasileira a produzir este tipo de cerveja.
Atualmente a empresa conta com 7 produtos em seu portfólio.
Além dos três modelos de cervejas sem glúten (Pilsen, Malzbier e APA), a Cervejaria Farrapos também produz a cerveja Pilsen Puro Malte (Guaipeca), a cerveja American Pale Ale (FarrAPA), uma versão mais leve da IPA (Quase uma IPA) e uma India Pale Ale (Toco de Vela).
A cerveja Pilsen leva o nome de Guaipeca em homenagem ao Chico, um cusco (cachorro) de rua que foi acolhido na cervejaria.
E não é que a marca da cerveja ficou igualzinha ao Chico!
Uma baita parceira para todas as horas, é assim que a cervejaria descreve a Guaipeca, em alusão ao cachorrinho.
Nos fundos da cervejaria alguns barris estão cheios e seu conteúdo está sendo fermentando com a ação do tempo, para a produção de uma cerveja especial.
Após visitar a fábrica de cervejas voltamos a rodar.
E a próxima parada foi no Santuário Nossa Senhora Aparecida.
Santuário Nossa Senhora Aparecida
Local: Rodovia BR-153 | Jardim América | Passo Fundo – RS
Telefone: (54) 3314-6076
E-mail:santuarioaparecidapf@hotmail.com
Funcionamento: Terça a domingo das 7h00 às 12h00 | Segunda das 9h00 às 17h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 30 minutos
Todo mês de outubro uma procissão com aproximadamente 200 mil fiéis parte da Catedral de Passo Fundo, a cerca de 7km, e termina neste santuário.
Conhecido o santuário, partimos em direção ao centro de Passo Fundo.
Passamos pelo Monumento A Caravela, inaugurado em 2000, em homenagem aos 500 anos de descobrimento do Brasil.
E pelo Monumento Cruz Missioneira Passo Fundo das Missões, uma forma de relembrar que o território que hoje constitui o município de Passo Fundo fez parte da Província Jesuítica das Missões Orientais do Uruguai.
Em 1632 os jesuítas Romero, Mola e Ximenez, fundaram uma missão catequética em terras do grupo de índios tapes liderados pelo Cacique Guaraé. Por estar próxima ao Rio Ygai (Rio Jacuí), a redução denominou-se Santa Tereza do Igaí, sendo também conhecida por Curiti e de Los Piñales.
Em agosto de 1633 o padre Francisco Ximenez transferiu a missão para o lugar hoje conhecido como Rincão do Pessegueiro, no Pulador, em Passo Fundo. Ali os jesuítas introduziram a criação do gado vacum, caprinos e suínos, iniciando também a exploração da erva-mate.
No natal de 1637 o paulista André Fernandes atacou a redução, que contava com cerca de 4000 indígenas, transformando-a no arraial bandeirante do Igaí. Por quase meio século manteve-se ali uma base de apoio às incursões bandeirantes no extremo sul do território português.
Em 1687 (já no período dos Sete Povos das Missões) os jesuítas retornaram à região encontrando ali cerca de vinte mil vacas alçadas. Para cuidar da vacaria estabeleceram uma guarda granítica na área, fixando-a na primeira sede da redução.
Em 1713 transferiram o gado para os campos de cima da serra, dando origem à Vacaria dos Pinhais, marco primordial da pecuária do Rio Grande do Sul.
Outro importante monumento de Passo Fundo é uma homenagem a Vitor Mateus Teixeira, cantor, compositor e ator, mais conhecido como Teixeirinha, que foi pioneiro na divulgação da música e da cultura do Rio Grande do Sul.
O próximo atrativo que fomos conhecer na cidade foi o Museu de Artes Visuais Ruth Schneider e Museu Histórico Regional.
Museu de Artes Visuais Ruth Schneider e Museu Histórico Regional
Local: Avenida Brasil Oeste, 758 | Centro | Passo Fundo – RS
Telefone: (54) 3316-8587
E-mail:mavrs@upf.br
Site: https://www.upf.br/mavrs
Funcionamento: Terça a sexta das 8h30 às 17h30 | Sábado das 13h30 às 17h30
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 1 hora
O edifício que abriga atualmente o Museu de Artes Visuais Ruth Schneider e o Museu Histórico Regional foi construído em 1911 para sediar a Intendência Municipal de Passo Fundo.
Tombado como Patrimônio Histórico Cultural do Estado do Rio Grande do Sul foi reformado em 1995 para abrigar os museus.
Ali contemplamos a Exposição Memórias da Jornada Nacional de Literatura, da artista que dá nome ao museu, Ruth Schneider.
Como o piso superior do edifício encontra-se fechado para manutenção, algumas obras de arte dos museus estão expostas no primeiro piso e o restante do acervo está em exposição na UPF (Universidade de Passo Fundo).
Dentre o acervo dos museus estão alguns cartazes de várias edições do Festival de Folclore, que ocorre a cada dois anos em Passo Fundo, e também algumas bonecas que foram cedidas pelas delegações de diversos países e estados nacionais que participaram do evento.
Na parte externa do museu estão algumas esculturas, que sofrem variações devido a ação do tempo.
Para evitar a volta e demais inconvenientes da antiga estrada por Viamão e Santo Antônio da Patrulha, os tropeiros que faziam o trajeto São Paulo – Rio Grande do Sul entraram pela campanha e abriram passagem pelo vau do Rio Uruguai Mirim, assim chamado pelos jesuítas.
Pelo fato do vau (passo) ser muito fundo, o rio passou a ser conhecido entre os tropeiros como Passo Fundo, assim como toda a localidade ao seu redor.
Para não confundir-se com outro Passo Fundo, situado próximo do local em que posteriormente surgiu a Vila de Lagoa Vermelha, passaram a chamar o local de Passo Fundo das Missões.
Com o tempo ficou apenas Passo Fundo, a emancipação do município ocorreu em 1857 e atualmente a cidade abriga cerca de 200.000 habitantes, sendo a maior cidade do norte gaúcho e leva o título de “Capital Nacional da Literatura”, por sediar a Jornada Nacional de Literatura.
Ao lado dos museus fica o Teatro Municipal Múcio de Castro.
E na sequência o edifício que abriga a Academia Passo-Fundense de Letras e Biblioteca Pública Municipal Arno Viuniski.
Voltamos a rodar pelas ruas centrais de Passo Fundo e estacionamos a Formosa próximo à Praça Marechal Floriano.
A Praça Marechal Floriano, também conhecida como Praça da Cuia, é a principal praça da cidade.
Em seu centro fica o monumento em forma de cuia de chimarrão, um símbolo da cidade.
A grande e arborizada praça conta com espaços para descanso, ponto de bicicletas compartilhadas, lago artificial com chafariz e passarelas revestidas com pedras portuguesas.
No lado oeste da praça fica a Catedral Nossa Senhora Aparecida.
A igreja teve sua construção iniciada por decreto de Dom Antônio Reis, bispo de Santa Maria, diocese à qual Passo Fundo pertencia, em 20 de janeiro de 1950.
Suas formas, inspiradas na Catedral de Porto Alegre, recuperam traços da arquitetura renascentista italiana.
Da igreja seguimos até a antiga estação ferroviária, a qual foi inaugurada em 1910 e operou por mais de 70 anos.
Atualmente o edifício é uma das atrações do Parque da Gare.
Parque público que foi inaugurado na década de 1980.
Do Parque da Gare nos despedimos de Passo Fundo e retornamos a Erechim, onde chegamos no fim do dia.
Trajeto percorrido no dia:
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Mas Bhá tche, valeu novamente belas fotos…parabéns…
Hahahaha valeu, um abraço bem chinchado.
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