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Trilha da Praia do Gravatá | Florianópolis – SC
7 de Abril, 2018Calçamos os tênis, colocamos os bonés, abusamos do protetor solar e carregamos a mochila com muita água e alguns sanduíches para conhecer mais uma trilha da Ilha da Magia, a escolhida para hoje foi a Trilha da Praia do Gravatá!
Para quem vêm do centro de Florianópolis deve-se percorrer toda a Avenida das Rendeiras (que fica às margens da Lagoa da Conceição) e rodar cerca de 400 metros pela rodovia SC-406 até chegar ao início da trilha, situado no lado direito (sentido Praia Mole), na altura do número 400.
O local não possui estacionamento, então se você estiver de moto, ou carro, o ideal é estacionar no fim da Avenida das Rendeiras. Como nós optamos pelo transporte público, desembarcamos do ônibus urbano no primeiro ponto da SC-406.
Descemos alguns metros pela rodovia SC-406 até chegar ao início da Trilha da Praia do Gravatá, que fica em uma estreita rua com calçamento de cimento dividida por uma cerca verde.
Para a Trilha da Praia do Gravatá, também chamada de Caminho do Gravatá, deve-se subir pelo lado esquerdo da cerca.
Trilha da Praia do Gravatá
Local: Rodovia SC-406 | Lagoa da Conceição | Florianópolis – SC
Ingresso: Gratuito
Extensão: 1.400 metros
Tempo médio do percurso: 45 minutos
Poucos metros após iniciar a subida o calçamento de cimento finda e o piso passa a ser de terra.
O começo da trilha é bem íngreme e, devido às chuvas dos últimos dias, apresentava várias valas, além do piso úmido e escorregadio em alguns pontos.
O local recebe o nome Gravatá devido a planta homônima, que aparece em vários momentos ao longo do percurso.
A planta gravatá é uma espécie de bromélia nativa das Américas.
Ao vencer a parte mais íngreme da trilha atingimos a Rampa da Praia Mole, ponto utilizado para saltos de parapente e asa-delta.
Este é o primeiro ponto de parada da trilha, do qual podemos ter uma linda vista da Praia Mole e, aos fundos, parte da Praia da Galheta.
Olhando para o lado direito conseguimos ver parcialmente a Ponta do Gravatá, ponto final da trilha que estamos percorrendo.
Vislumbramos o lindo cenário por alguns instantes e então voltamos a caminhar pela trilha principal.
Além do gravatá, o caminho conta com diversas espécies de plantas e flores nativas da região.
Conforme avançamos pelo percurso a Ponta do Gravatá começa a surgir timidamente.
Tendo a companhia de enormes paredões rochosos, que são um verdadeiro deleite para quem pratica rapel.
O visual ao redor da Trilha da Praia do Gravatá é algo surreal.
Vamos nos distanciando cada vez mais das belas praias Mole e Galheta.
E se aproximando da Praia do Gravatá, que é um verdadeiro paraíso encrostado em uma ponta rochosa, onde o verde reluzente da vegetação se encontra com o dourado das areias que é beijado de forma sutil pelas águas azul turquesa do Oceano Atlântico.
Isso torna a caminhada pelo curto trajeto algo extremamente prazeroso e convidativo a várias pausas, para curtir o momento e apreciar tamanha beleza.
Em meio ao mar que encanta com múltiplas tonalidades de azul avistamos a Ilha do Xavier, local propício para a prática de mergulho e pesca embarcada.
No ano de 2008 o atuaneiro Alalunga VII encalhou nas formações rochosas ao redor da ilha e naufragou.
Sua carga, composta por mais de cem toneladas de atum, foi toda consumida pelos peixes.
Vale destacar que toda a extensão da trilha é muito bem demarcada e fácil de ser localizada.
Durante o percurso encontramos várias pessoas (das mais variadas idades) percorrendo a trilha, inclusive com crianças e cachorros.
Praticamente no fim do caminho existe uma bifurcação, na qual seguindo pelo lado esquerdo o caminho passa ao lado de uma casa de pescadores e segue até a Praia do Gravatá.
Optamos inicialmente por seguir reto e avançar rumo ao Costão do Gravatá.
Após passar por um trecho mais fechado chegamos a um descampado, que proporciona uma incrível vista de outra parte da capital catarinense.
O Costão do Gravatá fica entre a Praia Mole e a Praia da Joaquina.
E da ponta do costão rochoso conseguimos ver aos fundos a conhecida Praia do Campeche e a pequena ilha de mesmo nome.
Avançando a trilha do costão rochoso em meio às pedras chega-se ao topo do costão, mas como havia bastante umidade no trajeto e a fome estava batendo, decidimos apreciar a paisagem por mais alguns instantes daquele local e regressar pelo mesmo caminho até a Ponta do Gravatá.
Com um calor escaldante buscamos por uma sombra para poder nos acomodar e lanchar tranquilamente, algo nada fácil em um local coberto por vegetação rasteira.
Não desistimos e seguimos a busca até que em plena ponta rochosa nos deparamos com uma enorme pedra com um formato anatômico, parecendo ser uma poltrona, e com um pouquinho de sombra, o suficiente para nos proteger.
Nos sentamos naquele sofá natural, de frente para o mar, em meio ao silêncio que era interrompido apenas pelo som do vento e do quebrar das ondas ao se encontrarem com o paredão rochoso.
E ali nos alimentamos, rodeados por uma natureza incrível em um lugar repleto de paz.
Após o lanche reforçamos o protetor solar, nos beneficiamos da energia local e voltamos a explorar a Ponta do Gravatá.
Na Ponta do Gravatá existem algumas rochas alinhadas misteriosamente, de tal forma que funcionam como um observatório astronômico primitivo, marcando perfeitamente equinócios e solstícios.
Não se sabe exatamente quem as colocou ali, mas pesquisadores comprovaram que não estão lá por acaso, tampouco são resultados de erosão natural.
Sobre a Praia do Gravatá… é um lugar paradisíaco!
A pequena praia possui cerca de 60 metros de extensão.
Protegida do vento, a praia abriga um mar de ondas calmas e águas cristalinas, com um tom azul esverdeado encantador.
Além disso, da praia temos uma vista privilegiada da Praia Mole e da Praia da Galheta.
Segundo biólogos, ao amanhecer é possível encontrar lontras na praia. Infelizmente não vimos nenhuma, mas encontramos outros moradores locais.
A Praia do Gravatá também abriga um sítio arqueológico com restos de conchas e ossos de peixes, além de um local que vende bebidas, lanches e peixes, isso em alta temporada ou feriados prolongados, claro.
Céu azul, calor e uma praia com águas cristalinas… não resistimos e entramos nas relaxantes águas para aproveitar toda a sua magia.
Após nos banhar e nos encantar com a beleza surreal da Praia do Gravatá nos despedimos do maravilhoso local.
Voltamos a acessar a trilha principal, pela qual viemos mais cedo.
E por ela fomos deixando para trás esta pequena praia, que foi para nós uma linda surpresa.
Valeu Praia do Gravatá, até uma próxima oportunidade!
“Da natureza nada se tira além de fotos, nada se deixa além de pegadas e nada se leva além de lembranças.”
Oba! Já são 4 comentários nesta postagem!
Maravilindo…. coisas de Deus!!!!
Valeu :)
Que Legal… contato com a natureza e lugar pouco visitado pelo jeito… Valeu
Sim, lugar lindo!
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