Hoje decidimos rodar até a cidade de Barra Velha – SC.
Partimos de Florianópolis na manhã de sábado com céu encoberto, pegamos um pouco de chuva entre Balneário Camboriú e Itajaí, seguimos pela rodovia BR-101 sentido norte com trânsito moderado e fomos recebidos com um lindo céu azul na Praia do Cerro, já em Barra Velha.
A Praia do Cerro é a última praia de Barra Velha, ficando na divisa com Balneário Piçarras.
Cerro em espanhol significa montanha e foi através de um pequeno morro que acessamos as finas areias da praia.
Além da bela vista da Praia do Cerro, do alto do pequeno morro conseguimos avistar a orla de Balneário Piçarras e Penha.
Avançando pela breve trilha que nos levou até a praia chegamos a uma ponta repleta de pedras.
Este local é denominado Morro do Grant.
Do Morro do Grant é possível ver as Ilhas Itacolomi, um dos melhores lugares do Brasil para a pesca de anchova.
Iniciamos a caminhada entre as pedras contornando o Morro do Grant.
E logo demos de cara com outra ilha, desta vez a Ilha do Grant – Canasvieiras.
A pequena ilha fica a cerca de 500 metros da praia e conta com um restaurante, o qual atende os turistas que acessam o local utilizando a travessia de barco oferecida pelos pescadores.
A ilha se chamava Ilha de Canasvieiras, mas ganhou o apelido de Ilha do Grant na década de 1940, quando o inglês James Alexandre Grant, conhecido como Mister Grant, construiu um hotel na praia.
Naquela época a travessia até a ilha já acontecia, só que era restrita aos hóspedes do hotel.
Continuamos a caminhada pela trilha, contornamos o Morro do Grant e em instantes chegamos na praia… do Grant! Isso mesmo, o bom e velho Mister Grant dá nome não apenas à ilha, ao morro, mas também à praia onde ficava seu hotel.
Além das diversas pedras na areia e no mar, outra característica da Praia do Grant é a presença de vários barcos de pesca artesanal, já que o local abriga uma colônia de pescadores.
Os pescadores comentam que, séculos atrás, esta praia foi um refúgio pirata, inclusive existem boatos de moradores que encontraram potes de ouro nas areias da praia e enriqueceram da noite para o dia.
Infelizmente não encontramos nenhum pote de ouro, mas nos encantamos com a beleza do local e nos deparamos com uma estátua que homenageia o trabalhador dos mares: o Monumento ao Pescador.
Conhecida a Praia do Grant, também chamada de Praia de Canasvieiras, retornamos pelo mesmo trajeto e ao chegar na rua onde deixamos a Formosa estacionada a mesma mocinha que nos recepcionou em nossa chegada veio nos fazer companhia e ganhar um carinho.
Após alguns carinhos em nossa mais nova amiguinha rodamos até o Costão das Pedras Brancas e Negras.
Ali fica o monumento “Uma homenagem ao filho surfista”.
A estátua, de autoria da artista plástica Rita Machado, de Canoinhas – SC, é um memorial a Ivan Roberto Marquartd, surfista que costumava surfar na Praia do Sol e morreu em um grave acidente de trânsito em 1985.
O Costão das Pedras Brancas e Negras separa a Praia do Sol da Praia da Barrinha.
O nome do costão se dá pelo curioso encontro natural, e raro, de dois costões paralelos, formados por uma divisa de pedras brancas e negras.
Fotos feitas seguimos até o centro de Barra Velha.
Passamos pela prefeitura municipal.
Pela Igreja Matriz de Barra Velha, a Paróquia Divino Espírito Santo.
E por fim chegamos na Praça Lauro Loyola, que estava devidamente decorada para a Páscoa.
Barra Velha fica a 140km da capital catarinense, conta atualmente com cerca de 25 mil habitantes e recebe milhares de turistas durante o verão.
No início do século XIX a região de Barra Velha, colonizada por açorianos, era um grande habitat de baleias, e por possuir águas calmas, dali partiam os pescadores para a caça das baleias, visando abastecer o Rio de Janeiro, capital do império na época, com seu óleo.
Próximo da Praça Lauro Loyola existe uma ossada de baleia a exposição e também uma estátua em homenagem aos índios guaranis, na qual está representada a figura da Índia Mani, a Mãe da Mandioca.
Mais alguns passos e chegamos na movimentada Praia Central com seus 800 metros de extensão.
Dali decidimos subir ao Morro do Cristo.
O Morro do Cristo fica no centro da cidade, possui 40 metros de altura e ostenta em seu topo duas réplicas do Cristo Redentor.
Um pequeno estacionamento e uma lanchonete, que estava fechada, compõem o local.
Além, é claro, de um mirante que nos proporciona uma vista por outro ângulo da ampla Praia Central e também da Lagoa da Barra, paralela ao mar com 6km de extensão, responsável pela formação de uma península, e a Praia da Península, que acompanha a lagoa.
Deixamos o Morro do Cristo, embarcamos na Formosa e voltamos a percorrer as ruas centrais de Barra Velha.
Cruzamos toda a avenida que margeia a Praia Central, rodeada por hotéis, restaurantes e lanchonetes.
Passamos pelo Porto dos Pescadores Artesanais, que fica entre a Praia Central e o Costão dos Náufragos.
E paramos no Costão dos Náufragos para ver de perto a estátua de Iemanjá.
Ao seu lado fica uma cruz que marca o naufrágio ocorrido no local em 1865, envolvendo alguns combatentes que regressavam da Guerra do Paraguai.
O Costão também abriga o monumento da Sereia Janaína, filha de Iemanjá.
Na sequência nos despedimos do centro da cidade e rodamos até a Ponte Pênsil.
A Ponte Pênsil segue o estilo da Ponte Hercílio Luz, localizada em Florianópolis, e é uma importante ligação entre a península e o continente.
E porquê Barra Velha se chama Barra Velha?
De acordo com historiadores tudo começou em 1504, quando o navegador Binot de Godville observou que havia uma barra que recebia águas de dois rios (Rio Piraí e Rio Itapocú) e que desembocavam junto às pedras de um costão.
Isso favoreceu a formação de uma barra de boa profundidade.
Porém, com o tempo a ação dos ventos na areia foi assoreando até fechar a barra completamente, o que provocou uma inundação na região e fez surgir a necessidade da abertura de uma nova barra.
Esta nova barra, atualmente chamada de Boca da Barra, ficou conhecida como Barra Velha.
Após a Sayo e o destemido FredLee balançarem e atravessarem a Ponte Pênsil deixamos Barra Velha e regressamos a Floripa.
Trajeto percorrido no dia:
Oba! Já são 6 comentários nesta postagem!
Bom dia ! Estamos aqui no Hotel Bela Vista,unidade do Candeias . Nós chegamos ontem para passar o Dia dos Namorados e estamos amando!
Olá Ana! Maravilha, um ótimo passeio para vocês, aproveitem.
Abraços…
Ola, me da uma dica, por favor: nesse trajeto que vc fez, em qual lugar definiria: linda praia (mar clarinho, areia branca e natureza), sossego, estrutura boa para familia?
Olá Dayanne!
Todas as praias de Barra Velha que passamos apresentavam águas limpas, ampla faixa de areia e mar levemente agitado. A Praia Central é a que oferece maior quantidade de restaurantes, lanchonetes e hospedagens, consequentemente é a mais procurada por turistas. A Praia do Sol nos pareceu ser a mais tranquila, em contrapartida possui menos estrutura. A pequena trilha que liga a Praia do Cerro com a Praia do Grant é bem curta, fácil de ser feita e contempla belas paisagens, vale a caminhada. Como o município é relativamente pequeno e as praias ficam próximas, é possível se deslocar de uma para outra em um curto espaço de tempo. Acredito que em qualquer uma das praias de Barra Velha tu e sua família estarão bem acomodados.
Bom passeio. Abraços…
Como sempre fotos belíssimas!
Valeu Vera, obrigado :) A beleza do lugar ajuda muito. Abraços…
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