Depois de passar dois finais de semana viajando de avião estávamos com saudades da estrada, do vento no rosto, do cheiro do asfalto e da sensação de fazer parte da paisagem.
Assim sendo não titubeamos e aproveitamos o ensolarado sábado para rodar com a Formosa!
O destino escolhido para o bate e volta foi a cidade catarinense de Itajaí.
Com baixo fluxo de veículos na rodovia BR-101 rapidamente avançamos pelos 100 quilômetros que separam Florianópolis de Itajaí.
E logo chegamos no destino do dia, fazendo nossa primeira parada na Praia de Cabeçudas.
A praia, de águas calmas e orla aconchegante, recebeu este nome devido a presença de tartarugas cabeçudas (Caretta Caretta) na região.
Dela é possível avistar o Farol e Molhes da Barra.
Na ponta da praia fica a charmosa Capela Santa Teresinha.
A capela construída em 1920 infelizmente estava fechada.
Na sequência voltamos a subir na Formosa e avançamos pela sinuosa rua que margeia o mar.
Passamos ao lado de uma enorme rocha que forma um trapiche natural, ainda na Praia de Cabeçudas.
E seguimos sentido norte, passeando pela via que conta com a companhia de uma ciclovia.
Em instantes avistamos o famoso Bico do Papagaio.
A formação rochosa com aproximadamente 4,5 metros de altura foi esculpida de forma natural e nos remete a cabeça de um papagaio.
No lado esquerdo do Bico do Papagaio fica a pacata Praia do Geremias.
A pequena praia, com cerca de 200 metros de extensão, é muito procurada por famílias com crianças devido às suas águas rasas, limpas e tranquilas.
Do outro lado do Bico do Papagaio conseguimos avistar o Farol e Molhes da Barra.
E também a Praia do Atalaia, bastante frequentada por banhistas e surfistas.
Dali seguimos pela sinuosa e estreita rua até o Molhes da Barra.
Com uma iluminação especial que permite a prática do surfe noturno, o Farol e Molhes da Barra da Praia da Atalaia constitui-se em um dos principais pontos turísticos da cidade.
Do local é possível ter uma visão privilegiada da entrada e saída de navios e barcos pesqueiros pelo Rio Itajaí-Açu.
E não é que assim que chegamos no local um enorme navio se preparava para regressar ao mar.
Com bastante atenção assistimos toda a manobra do gigante cargueiro conduzido pelos pequeninos e ágeis rebocadores.
Finalizado o processo rodamos até a área central da cidade.
E ao percorrer a Avenida Ministro Victor Konder, também conhecida como Rota Gastronômica, nos deparamos com várias capivaras circulando tranquilamente entre os pedestres.
Uma cena um tanto quanto inusitada para nós, mas natural para os moradores locais, que estão acostumados a “se esbarrar” nos mamíferos que vivem às margens do Rio Itajaí-Açu.
Rio este que dá nome à cidade, uma vez que Itajaí significa “rio que corre sobre as pedras” na língua dos índios guaranis, os quais habitavam a região antes da chegada dos açorianos em meados do século XVIII.
Atualmente o município conta com cerca de 180.000 habitantes, abriga um dos maiores complexos portuários do país (o Porto de Itajaí é o segundo porto brasileiro em movimentação de cargas em contêineres, bem como o maior exportador de carnes congeladas do Brasil), e ostenta o maior PIB de Santa Catarina.
A próxima parada foi para conhecer o Mercado do Peixe, que fica ao lado do Mercado Público.
Conhecido atualmente como Centro de Cultura Popular Mercado Velho, o local foi inaugurado em 1917 e, além da venda de peixes e frutos do mar, o mercado abriga lojas de artesanato e restaurantes.
Nos fundos do Mercado Público fica a Delegacia da Capitania dos Portos.
E nas proximidades está o Píer Turístico Guilherme Asseburg, local onde atracam os cruzeiros que visitam a cidade.
Depois seguimos até a Beira Rio, que margeia a Baía Afonso Wippel.
Amplas calçadas, ciclovias, bancos para descanso e apreciação, banheiros públicos, parques arborizados, quadras esportivas e parque infantil compõem a elegante Beira Rio de Itajaí.
Que proporciona a maravilhosa vista da baía de um lado e do outro conta com uma estruturada rede gastronômica, composta por diversos restaurantes e bares.
Aliás, Itajaí é responsável por 55% do mercado nacional de pesca, possuindo o maior porto pesqueiro do Brasil e recebendo o título de “Capital Nacional da Pesca”.
Da Beira Rio avançamos até a Praça Governador Irineu Bornhausen, o coração da cidade.
De frente para a ampla, arborizada e bem preservada praça fica a imponente igreja matriz.
Com estilo neogótico e românico, a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento foi projetada por Simão Gramlich e inaugurada em 1955.
Seu interior é decorado com motivos bíblicos, obra dos artistas italianos Emílio Sessa e Aldo Locatelli.
O templo religioso é o maior monumento artístico e cultural da cidade de Itajaí.
E o motivo é bastante óbvio, o local é uma verdadeira obra de arte.
Conhecido o interior da igreja iniciamos uma caminhada pelo centro de Itajaí.
Bastaram alguns passos para nos depararmos com o Palácio Marcos Konder.
Construído em 1925, o Palácio Marcos Konder funcionou como sede da administração municipal e câmara de vereadores.
Atualmente é sede do Museu Histórico de Itajaí, pena que estava fechado.
Praticamente ao seu lado fica o antigo Grupo Escolar Victor Meirelles, construído em 1913, que atualmente abriga a Casa da Cultura Dide Brandão.
Após a breve caminhada pelo centro histórico avistamos um morro repleto de antenas e uma grande cruz.
Subimos na Formosa e rodamos até o topo do morro.
O Morro da Cruz possui 180 metros de altura e carrega este nome desde 1980, quando a grande cruz foi instalada em seu topo.
Além da cruz o local conta com um amplo mirante, o qual proporciona uma linda vista de Itajaí e sua vizinha, Navegantes.
Ficamos vários minutos apreciando a vista do local e pudemos acompanhar a chegada de um navio.
Que lentamente se aproximou do Molhes da Barra e com todo o cuidado necessário adentrou nas águas do Rio Itajaí-Açu, seguindo com destino ao Porto de Itajaí.
No alto do Morro da Cruz tem ainda um restaurante.
Por fim nos despedimos do alto do Morro da Cruz e fomos até a Praça Vidal Ramos, onde fica o marco zero de Itajaí, monumento que simboliza o local onde ocorreu a fundação da cidade.
Do outro lado da rua existe um monumento com os dizeres: “Marco Histórico | 1903 – 2003 | Deste porto, Santa Paulina partiu para São Paulo a serviço da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, da qual foi fundadora.”
Depois avançamos até o fim da Rua Prefeito Paulo Bauer, onde paramos rapidamente para ver o navio carregado de containers atracar no porto.
Com o fim do dia se aproximando nos despedimos do centro de Itajaí e pelo mesmo trajeto da ida retornamos à Ilha da Magia.
Trajeto percorrido no dia:
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Olá!! Nossa como Itajaí mudou… cresceu está bem preservada e conservada.
Se não estou enganada nós morávamos bem próximos a Igreja…. você com
certeza não lembra… viemos para Porto União para seu nascimento e voltamos
logo em seguida…. pouco tempo depois fomos para Erechim… saudades….
Olá! Itajaí cresceu, tem o maior PIB de Santa Catarina, conta com belas praias e está bem estruturada. Minha única lembrança da cidade, quando criança, é dos 7 pontos que levei no primeiro dia que chegamos para passar as férias na praia hahaha Bjs…
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