Bom dia São Paulo!
Em nosso terceiro, e último, dia de visita a São Paulo deixamos o metrô de lado e rodamos pelas ruas paulistas com a Valentina, uma linda Volkswagen Kombi Standard 1975 de nosso amigo Rodrigo.
A bordo do clássico veículo passamos pelo monotrilho de São Paulo.
E logo chegamos às margens plácidas do Rio Ipiranga, local onde Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil.
De frente para o riacho fica um imponente monumento que homenageia o ato, denominado Monumento à Independência do Brasil.
Em 1917 o governo do estado de São Paulo organizou um concurso aberto à participação de artistas brasileiros e estrangeiros que apresentaram projetos e maquetes para a futura obra.
O meio cultural fez duras críticas à realização do concurso, à participação de artistas estrangeiros e à composição da comissão julgadora, ou seja, criticou tudo e mais um pouco.
Mas o governo paulista não deu a mínima e o conjunto de maquetes participantes do concurso foi exposto no Palácio das Indústrias.
A tumultuada competição seguiu adiante e o grande vencedor foi o projeto do artista italiano Ettore Ximenes, cuja aprovação não teve a unanimidade da comissão julgadora, que estranhou a ausência de elementos mais representativos de fatos históricos brasileiros a serem perpetuados.
O projeto original de Ximenes foi então alterado e teve a inclusão de episódios e personalidades vinculados ao processo da independência, tais como: a Revolução Pernambucana de 1817, a Inconfidência Mineira de 1789, as figuras de José Bonifácio de Andrada e Silva, Hipólito da Costa, Diogo Antônio Feijó e Joaquim Gonçalves Ledo, principais articuladores do movimento.
O conjunto escultórico feito em granito e bronze, embora não concluído, foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1922, tendo sua conclusão ocorrido apenas quatro anos depois.
Na parte frontal do monumento, voltada para o Rio Ipiranga, está a pira do Altar da Pátria, que nunca se apaga pois simboliza o amor incondicional ao país.
Desde 1950 a pira é abastecida por gás natural canalizado, resistindo às mais adversas condições climáticas.
No ano de 1953 começou a ser construída uma cripta no interior do monumento, onde foram depositados os despojos da Imperatriz Leopoldina.
Em 1972 consolidou-se a sua sacralização com a vinda dos despojos de Dom Pedro I e em 1984 dos restos mortais de Amélia Augusta Eugênia Napoleona, segunda Imperatriz do Brasil.
Conhecido o mausoléu iniciamos a caminhada pelo Parque da Independência.
Inaugurado em 1989, o Parque da Independência conta com uma área de mais de 160.000 metros quadrados.
O agradável e bem preservado espaço público engloba não somente o Monumento à Independência, mas também a Casa do Grito, a Capela Imperial, área para eventos, pista de caminhada, aparelhos de ginástica, playground, área de estar, chafariz com fonte e cascata, a qual estava desligada durante nossa visita, e o majestoso Museu do Ipiranga.
Infelizmente o Museu Paulista Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga, está fechado para obras de restauro e modernização, mas a vista externa do edifício onde o museu está instalado já faz valer a pena a visita, sem contar no amplo jardim projetado em estilo francês localizado em sua frente.
Com relação à edificação que abriga o museu, ela possui estilo arquitetônico eclético e seu projeto foi baseado em um palácio renascentista, rico em ornamentos e decorações.
Sua construção findou no dia 15 de novembro de 1890, no primeiro aniversário da república.
Cinco anos mais tarde foi criado o Museu de História Natural, que posteriormente se transformou no atual Museu Paulista.
O local é responsável por ostentar um grande e rico acervo de objetos, mobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil.
Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro Independência ou Morte de 1888, do artista Pedro Américo.
Voltando ao edifício, ele possui 123 metros de comprimento e 16 de profundidade.
Em agosto de 2013 suas portas foram fechadas para o público, quando as obras de restauro tiveram início, tendo como previsão de reabertura o ano de 2022, bicentenário da independência.
Nos despedimos do Museu da Independência e voltamos a embarcar na Valentina, com a qual percorremos as pacatas ruas da capital paulista na manhã de domingo até chegar no Bairro da Liberdade.
Bairro da Liberdade que é atualmente o reduto da maior colônia nipônica fora do Japão.
A imigração dos japoneses para o Brasil teve início com a chegada do navio Kasatu Maru no Porto de Santos em 1908.
Já o início da caracterização da Liberdade como bairro típico do país oriental se deu no ano de 1912, quando os primeiros visitantes começaram a se fixar na Rua Conde de Sarzedas.
Cercados por uma verdadeira multidão seguimos até a tradicional Feira da Liberdade, inaugurada em 1975.
A Feirinha da Liberdade, como é carinhosamente chamada, foi criada com o objetivo de expor trabalhos dos imigrantes orientais e mostrar um pouco mais da cultura japonesa para o público brasileiro.
No local experimentamos vários pratos típicos da culinária japonesa e, de barriga cheia, avançamos rumo ao Aeroporto de Congonhas passando pela bela Avenida 23 de Maio e seus muros verdes.
No Aeroporto de São Paulo – Congonhas nos despedimos do Rodrigo (que tão bem nos recepcionou na capital paulista, juntamente com sua esposa Fernanda) e, claro, da Valentina.
No fim do dia chegamos em Floripa, onde fomos recepcionados por um pôr do Sol digno de uma ilha repleta de belezas naturais e magias.
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