São Paulo amanheceu com um lindo céu azul neste sábado, dia 22 de abril de 2017.
Para aproveitar ao máximo o dia de passeio pela capital paulista pegamos o metrô na Estação Tatuapé com destino à Estação São Bento nas primeiras horas da manhã.
Ao sair da Estação São Bento demos de cara com o Mosteiro de São Bento, que hoje estava aberto e assim pudemos visitar seu interior, onde é proibido fotografar, mas podemos garantir que a visita vale muito a pena, pois a área interna do templo religioso é fantástica.
As obras para a construção do atual Mosteiro de São Bento ocorreram entre 1910 e 1922 seguindo o projeto do arquiteto alemão Richard Berndl.
O local que hospedou o Papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil abriga também uma basílica, teatro, colégio, faculdade e lojinha que vende souvenirs e alimentos (pães, bolos, doces, biscoitos e geleias feitas pelos próprios monges, cujas receitas são seculares). A forma de preparar os quitutes só é transmitida a outro monge para não se perder a qualidade com a massificação. Nós experimentamos o bolinho Dom Bernardo, estava estupendo!
Do mosteiro seguimos pela Rua 25 de Março, a qual já começava a ser tomada pelas pessoas.
E chegamos ao Mercado Municipal, também conhecido como Mercadão de São Paulo.
Mercado Municipal – Mercadão de São Paulo
Local: Rua Cantareira, 306 | Centro | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3313-3365
Site: https://portaldomercadao.com.br/
Funcionamento: Segunda a sábado das 6h00 às 18h00 | Domingo e feriados das 6h00 às 16h00
Tempo médio de visitação: 2 horas
O Mercado Municipal de São Paulo foi inaugurado no dia 25 de janeiro de 1933, ocupa um espaço de 12.600 metros quadrados de área construída às margens do Rio Tamanduateí e conta com mais de 1.500 funcionários que movimentam cerca de 350 toneladas de alimentos por dia em seus mais de 290 boxes.
Atualmente o local é tido como o maior shopping gastronômico do Brasil!
Após caminhar pelos corredores do Mercadão paramos em um box e pedimos o famoso sanduíche de mortadela completo, acompanhado por um martelinho (café com leite servido em um copo).
A fama do sanduíche paulista não é por acaso, o lanche é uma verdadeira delícia.
Sem contar no seu farto recheio, repleto de mortadela, queijo e tomate seco.
Após o café da manhã reforçado nos despedimos do Mercado Municipal de São Paulo e retornamos à Estação São Bento, onde embarcamos em um metrô até a Estação Luz.
Em frente à Estação da Luz, que passa por reformas, fica a Pinacoteca de São Paulo.
Pinacoteca de São Paulo | Pinacoteca Luz
Local: Praça da Luz, 02 | Luz | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3324-1000
E-mail: faleconosco@pinacoteca.org.br
Site: http://pinacoteca.org.br/
Funcionamento: Quarta a segunda das 10h00 às 17h30
Ingresso: R$ 20,00 | Gratuito aos sábados
Tempo médio de visitação: 3 horas
A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade, foi fundada em 1905, sendo o museu de arte mais antigo da cidade.
Possui dois edifícios abertos ao público e com intensa programação: a Pinacoteca Luz e a Pinacoteca Estação.
A Pinacoteca Luz, carinhosamente chamada de Pina Luz, está instalada no antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, projetado no final do século XIX pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo.
No local são realizadas mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais, além da elaboração e apresentação de projetos públicos multidisciplinares.
Seu acervo original foi formado com a transferência de 26 obras do Museu Paulista da Universidade de São Paulo e conta hoje com cerca de 11 mil peças.
Entre elas estão trabalhos de autoria de importantes artistas brasileiros como Anita Malfatti, Lygia Clark, Tarsila do Amaral, Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Oscar Pereira da Silva, entre outros.
Ali pudemos contemplar famosas obras de arte como “Bumba meu boi” e “Mulher com chapéu Panamá” de Di Cavalcanti, “Família” de Candido Portinari e “Antropofagia” de Tarsila do Amaral.
O acervo da Pinacoteca é um dos mais importantes do país.
Entre as obras de artistas internacionais vimos “En repos” de Ernest Ange Duez, “Praia de Biarritz” de Paul Michel Dupuy e “Festa escolar no Ipiranga” de Agustín Salinas y Teruel.
Também apreciamos algumas telas onde estava representado o imaginário europeu do que era a América e a África, mundos fabulosos retratados com base nos paradigmas e conceitos morais ocidentais da época.
Trabalhos como estes tiveram uma participação significativa na criação de um imaginário a respeito das novas terras que catalisavam noções do selvagem, do exótico e do desconhecido.
Ainda na Pinacoteca vimos de perto uma cédula de 1.000 réis do ano de 1833.
E, claro, diversos retratos da família real.
Uma série de estudos também está exposta e nos permite compreender melhor o processo criativo dos artistas.
Algumas pinturas que estão na Pinacoteca são surpreendentes, ricas em detalhes e com nitidez maior que muitas fotografias.
“Proclamação da República” de Benedito Calixto, “Sala de Saturno do Palazzo Pitti” de Santi Corsi, “Don Quixote e Sancho Pança” de José Moreno Carbonero, “Fim de romance” de Antonio Parreiras e “Les glaneuses” de Anita Malfatti são ótimos exemplos disso.
Nas últimas salas do museu encontramos obras mais conceituais.
No piso térreo da Pina da Luz existe uma cafeteria que oferece diversos lanches e refeições.
Após uma verdadeira viagem e imersão cultural proporcionada pelas obras de arte expostas no museu, seguimos para o Parque da Luz.
Parque Jardim da Luz
Local: Praça da Luz | Bom Retiro | São Paulo – SP
Telefone: (11) 3227-6093
Funcionamento: Terça a domingo das 9h00 às 18h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 1 hora
O Parque da Luz, ou Jardim da Luz, é o mais antigo e tradicional parque público da cidade, foi aberto em 1825 e nasceu como horto botânico.
Do local é possível avistar a torre da Estação Luz.
O parque é amplo e proporciona uma bela caminhada em meio às sombras.
Dentro do espaço publico existe um monumento em homenagem a Giuseppe Garibaldi.
Assim como nas ruas, o policiamento se faz presente dentro do Parque Jardim da Luz.
Um coreto projetado por Maximilan Emílio Hehl construído em 1911 se destaca em meio ao verde.
Outro local que chama a atenção é a gruta com cascata, uma instalação típica do estilo de Jardim Paysager que produz elementos naturais de forma estilizada, construída na década de 1880.
A gruta serve também como uma grande caixa d’água, com capacidade para 25.000 litros.
No final dos anos 1990 as escavações das obras de recuperação do Jardim da Luz desvendaram alguns aspectos históricos, como as fundações de uma torre de 20 metros de altura denominada Observatório Meteorológico.
Após percorrer o Parque da Luz caminhamos até a Sala São Paulo.
A Sala São Paulo é uma sala de concertos onde ocorrem apresentações sinfônicas e de câmara.
O local integra o Centro Cultural Júlio Prestes, na antiga e histórica estação ferroviária de mesmo nome.
A imponente construção de 1938 foi erguida para ser a sede e ponto de partida da Estrada de Ferro Sorocabana, uma empresa criada pelos barões do café para transportar o valioso produto até o Porto de Santos.
A construção vizinha à Sala São Paulo abriga a Estação Pinacoteca.
Que fica bem próxima da Estação da Luz.
A charmosa Estação da Luz foi inaugurada no dia 16 de fevereiro de 1867.
Ali pegamos o metrô até a Estação República, que fica na praça de mesmo nome.
No local havia uma feirinha onde eram comercializados os mais variados produtos.
Dali conseguimos avistar o Edifício Itália (segundo maior prédio da cidade de São Paulo, inaugurado em 1965) e o edifício Copan (projetado na década de 1950 pelo arquiteto Oscar Niemeyer).
Deixamos a Praça da República e seguimos caminhando pelas ruas centrais de São Paulo.
Passamos pela Rua 7 de Abril, cruzamos a Rua Nova Barão e logo chegamos no majestoso Theatro Municipal de São Paulo.
Aberto ao público no dia 12 de setembro de 1911, o Theatro Municipal de São Paulo começou a ser construído oito anos antes, foi projetado por Cláudio Rossi e desenhado por Domiziano Rossi.
O local foi idealizado nos moldes dos melhores teatros do mundo para atender a ópera, a primeira forma artística e de lazer típica da burguesia, em virtude do grande número de italianos que viviam em São Paulo.
Hoje o teatro coordena escolas de música e dança e busca desenvolver cada vez mais o trabalho de seus corpos estáveis: a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, o Balé da Cidade, o Quarteto de Cordas, o Coral Lírico e o Coral Paulistano.
É possível conhecer o interior do Theatro de São Paulo através de uma visita guiada com entrada franca, porém, quando chegamos os ingressos para as visitas no dia já estavam esgotados.
Em frente ao Theatro Municipal fica o Edifício Alexandre Mackenzie, o qual abriga o Shopping Light.
Mais adiante está a prefeitura municipal de São Paulo, no Edifício Matarazzo, o qual possui um jardim em sua cobertura.
Em meio a um alto fluxo de pessoas passamos pelo Obelisco do Piques.
E embarcamos novamente no metrô, agora na Estação Anhangabaú, e seguimos até a Consolação.
Na Consolação trocamos de metrô e fomos até a Estação Trianon Masp.
Quando saímos da estação de metrô percebemos que estava garoando.
Aí sim, pois Avenida Paulista sem garoa não é Avenida Paulista, pô!
Inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891, a Avenida Paulista é de grande importância econômica, cultural e de entretenimento para São Paulo.
Com aproximadamente 200 mil moradores, se a avenida fosse uma cidade estaria entre as 150 maiores do Brasil.
Dentre as inúmeras históricas e importantes construções ao longo da via figura o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP.
Aos poucos a garoa aumentou e se transformou em chuva, fugimos dela correndo até o Shopping Cidade São Paulo, onde aproveitamos para almoçar (às 16h00) comida árabe.
De barriga cheia voltamos ao metrô e seguimos até a Estação Ana Rosa, onde trocamos os trilhos pelas rodas e a bordo de um ônibus rumamos ao Parque Ibirapuera.
Minutos depois descemos em um ponto de ônibus em frente ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Cruzamos a Avenida 23 de Maio sob chuva e finalmente adentramos no Ibirapuera.
Parque Ibirapuera
Local: Avenida Pedro Álvares Cabral | Vila Mariana | São Paulo – SP
Telefone: (11) 5574-5177
E-mail: admparqueibirapuera@prefeitura.sp.gov.br
Site: https://parqueibirapuera.org/
Funcionamento: Todos os dias das 5h00 às 24h00
Ingresso: Gratuito
Tempo médio de visitação: 4 horas
O Parque Ibirapuera foi inaugurado em 1954 durante as comemorações de 400 anos de São Paulo, é um dos primeiros grandes parques urbanos do Brasil e famoso por hospedar inúmeros espaços culturais entre suas áreas verdes.
Com formato irregular, a Marquise do Parque Ibirapuera tem algo próximo a 620 metros de comprimento com a largura variando entre 15 e 80 metros.
Ao todo são 121 colunas sustentando 28.800m² e quase 80.000m³ de material.
Outro símbolo do parque é a Oca do Ibirapuera, a qual abriga exposições de obras de arte.
O Obelisco Mausoléu aos Heróis de 1932, também conhecido como Obelisco do Ibirapuera ou Obelisco de São Paulo, é o maior monumento da cidade, com 72 metros de altura.
Bem próximo do obelisco fica o Auditório Ibirapuera, concebido nos anos 1950 pelo arquiteto Oscar Niemeyer e construído apenas em 2005.
Devido à proximidade do Dia do Exército, comemorado no dia 19 de abril, havia uma exposição de veículos militares em uma área do parque.
Debaixo de chuva seguimos caminhando pelo Ibirapuera e passamos em frente ao Planetário Aristóteles Orsini.
Este foi o primeiro planetário do Brasil, inaugurado em janeiro de 1957.
Na sequência margeamos o Lago Ibirapuera, tido como a alma do parque, o qual divide a área cultural da área de contemplação.
Nos despedimos do Parque Ibirapuera pelo portão 10, fizemos algumas fotos ao lado do Monumento às Bandeiras, que representa os bandeirantes expondo suas diversas etnias.
Por fim embarcamos em um ônibus que nos deixou no Terminal Parque Dom Pedro II. Dali caminhamos até a Estação Sé, onde pegamos o metrô que nos levou até o Tatuapé.
Oba! Já são 2 comentários nesta postagem!
Eu quero um sandubão desses…kkkkkkkk
Quando tiver uma oportunidade não deixe de experimentá-lo. É uma verdadeira delícia!
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
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