Dia 01: Florianópolis – SC a União da Vitória – PR

O tão esperado dia chegou: primeiro dia da Expedição 2016: Missões – Cataratas.

Deixamos a capital catarinense às 7h30 deste sábado, de temperatura agradável e céu nublado.

Seguimos pela rodovia BR-101 sentido sul e em questão de minutos a nebulosidade deu lugar ao céu azul.

A primeira parada para esticar as pernas foi em Paulo Lopes – SC.

Na sequência continuamos viagem pela rodovia BR-101, que apresentava trânsito moderado, e em Tubarão acessamos a rodovia SC-370.

A rodovia SC-370 é de pista simples e está em bom estado de conservação.

Em Braço do Norte deixamos a rodovia BR-370 e acessamos a rodovia SC-108.

Em Orleans passamos a rodar pela rodovia SC-390 e logo chegamos em Lauro Muller, onde paramos para abastecer a Formosa e nos hidratar.

Foi em Lauro Muller que os tropeiros descobriram, acidentalmente, a existência do carvão em solo brasileiro, sendo que a primeira mina de carvão do país foi aberta pelos ingleses no ano de 1842, próxima ao castelo construído em 1930, de propriedade do magnata carioca do ramo de mineração, Henrique Laje.

Após fotografar o castelo avançamos pela Rodovia Governador Irineu Bornhausen, SC-390, a qual proporciona uma linda vista.

Ao passo que avançamos os quilômetros pela rodovia estadual as curvas vão ficando cada vez mais fechadas até que iniciamos a subida da famosa e fantástica Serra do Rio do Rastro.

A Serra do Rio do Rastro cruza a Coluna White, uma coluna estratigráfica clássica do antigo supercontinente Gondwana.

O trânsito estava tranquilo e durante o trajeto encontramos muitos ciclistas, alguns descendo e outros subindo a serra.

A medida em que subíamos a vista ficava mais surpreendente e bonita.

Estrada de pista simples, estreita e repleta de curvas fechadas, ótima para rodar de moto.

Em meados de 1870 os habitantes locais abriram uma trilha na mata visando ligar o Porto de Laguna aos Campos de Cima da Serra, na região de Bom Jardim da Serra.

A trilha inicialmente se chamou Serra do Doze e posteriormente recebeu o nome de Serra do Rio do Rastro.

Na década de 1980 a estrada foi pavimentada e mais tarde iluminada.

Ao todo são 35km que ligam a planície litorânea à região serrana, sendo que destes, aproximadamente 12 quilômetros são compostos por curvas bem fechadas e acentuado aclive.

Com um traçado inusitado, repleta de curvas e cercada pela Mata Atlântica, a Serra do Rio do Rastro é considerada uma das estradas mais bonitas do mundo.

Praticamente toda a Serra do Rio do Rastro fica no município de Lauro Muller e em sua última curva fica a divisa com Bom Jardim da Serra.

Após a prazerosa e emocionante subida paramos no mirante que fica a 1.421 metros do nível do mar, para apreciar a vista incrível que o local proporciona.

Dali é possível ver parte da rodovia SC-390 que serpenteia por entre o verde da Mata Atlântica, os imponentes paredões rochosos e, em dias de boa visibilidade, o litoral catarinense.

Passamos vários minutos apreciando tamanha beleza natural e nos beneficiando da energia local.

Em determinado momento um caminhão estacionou e chamou nossa atenção.

O caminhão, com placas de Pomerode – SC, está preparado para dar a volta ao mundo.

Por fim demos uma última olhada no visual proporcionado pelo Mirante da Serra do Rio do Rastro e nos despedimos deste lugar mágico.

Pela rodovia SC-390 passamos ao lado da primeira estação catarinense de energia eólica.

E percebemos a brusca mudança na vegetação ao redor da rodovia, que muda completamente antes da Serra do Rio do Rastro, durante a subida e no alto dos Campos de Cima da Serra.

Alguns quilômetros após deixar o Mirante da Serra do Rio do Rastro paramos em uma área ao lado da Churrascaria Cascata, e logo entendemos o que motivou o local a ter este nome.

A bela Cascata da Barrinha embeleza o visual às margens da rodovia e bem próximo dela fica o pórtico de Bom Jardim da Serra.

Fotos feitas, demos sequência na viajem pela parte alta da Serra Catarinense.

Mesmo com Sol e céu azul o vento começou a ficar gelado, e desta forma chegamos em São Joaquim.

Passamos pelo centro da cidade e seguimos viagem, agora pela rodovia SC-114, até parar para um lanche, no exato momento em que duas motos vindas do sentido oposto estacionavam no mesmo local.

Ali nos deliciamos com um típico café serrano, com direito a queijo colonial, salames e vários tipos de doces, e ainda pudemos conhecer dois simpáticos casais de moto viajantes, que estavam vindo de Lapa – PR e seguiam para a Serra do Rio do Rastro.

De barriga cheia continuamos rodando pelas estradas catarinenses e logo chegamos no entroncamento com a rodovia BR-282.

Seguimos em direção oeste, contornamos Lages e por fim acessamos a rodovia BR-116.

A rodovia, de pista simples e bem movimentada, é pedagiada e o valor da tarifa para motos é de R$ 2,40.

A paisagem ao longo da rodovia é linda, tanto é que não resistimos e paramos para fazer uma rápida foto tendo como plano de fundo uma esbelta fazenda no município de Correia Pinto – SC.

Após a breve pausa partimos para os últimos quilômetros do dia, abastecemos a Formosa em Santa Cecília, de onde seguimos pela rodovia BR-116 até Monte Castelo. Neste trajeto o movimento ficou mais pesado, com muitas carretas.

Alguns quilômetros antes de Monte Castelo a Formosa completou 20.000 quilômetros rodados :)

Em Monte Castelo pegamos a rodovia SC-477 e seguimos até Canoinhas, ali entramos na rodovia BR-280 e rodamos até nosso destino do dia: União da Vitória – PR.