Águas Mornas – SC e Alfredo Wagner – SC

Hoje saímos de casa sem um destino definido, o objetivo era apenas um: rodar de moto.

Deixamos a capital catarinense enfrentando um forte engarrafamento, que se estendeu pela BR-101 sentido sul até o trevo com a rodovia BR-282. Acessamos a rodovia em direção a serra catarinense e o trânsito foi intenso até a cidade de Santo Amaro da Imperatriz.

A partir deste ponto o trânsito fluiu normalmente. Decidimos acessar o centro de Águas Mornas – SC, terra das hortaliças e das águas termais.

Águas Mornas fica a 40km de Florianópolis, possui cerca de 5.500 habitantes e, além da exuberante natureza da Serra do Tabuleiro, a cidade conta com fontes termais comparadas às melhores do mundo.

Com temperatura constante em 39°C, as águas aliviam sintomas de estresse e contribuem para tratamentos de reumatismo, artrite, artrose e problemas de pele.

Parada para foto em frente ao pórtico de Águas Mornas:

Do pórtico rodamos até a bela Praça José Adão Lehmkuhl.

Na praça tem uma Maibaum (árvore de maio), uma tradição alemã resgatada pela cidade.

O costume de levantar um mastro e nele pendurar brasões era comum no oeste da Alemanha nos idos do século XV. A Maibaum, ou Maibäume (no plural), simbolizava os êxitos e a união nas comunidades germânicas.

Passados mais de 180 anos, as Maibäume servem a dois propósitos: relembrar as dificuldades dos colonizadores que chegaram na região em 1829 e também ensinar as novas gerações a terem orgulho do trabalho de seus ancestrais.

Prefeitura municipal de Águas Mornas:

Ao lado da prefeitura fica a Casa da Cultura e Turismo, a qual infelizmente estava fechada.

Após descansar na sombra em um dos bancos da praça, ouvindo as águas do chafariz, seguimos rodando pelas ruas da cidade e paramos em frente a igreja Sagrado Coração de Jesus.

Com o céu azul e um forte calor, decidimos seguir pela rua principal da cidade.

E o asfalto da rua terminou logo após a entrada do Águas Mornas Palace Hotel.

Então retornamos e nos despedimos da pequena e aconchegante Águas Mornas.

Regressamos à rodovia BR-282, sentido oeste.

A rodovia BR-282 está em bom estado de conservação, a paisagem que a cerca é linda, e a estrada é repleta de curvas, ótimas para uma viagem de moto.

Passando pelo acesso de Rancho Queimado, cidade que visitamos em junho de 2015, clique aqui para ler o relato.

Belas paisagens:

Passando pelo viaduto da Serra da Boa Vista:

Vista do viaduto:

O fluxo de carros estava tranquilo e a grande maioria dos veículos tinham placas pretas, mas não eram carros antigos, mas sim carros de hermanos argentinos, retornando para seu país de origem, e outros chegando ao litoral catarinense.

Dia fantástico para rodar de moto.

Neste ponto passamos por uma placa que indicava a altitude de 1.250 metros acima do nível do mar, em Boa Vista, ainda no município de Rancho Queimado – SC.

Acessando o Vale Europeu:

Chegando na cidade de Alfredo Wagner – SC:

Logo na entrada de Alfredo Wagner tem um grande trevo, que além de servir de acesso à cidade, também liga as rodovias catarinenses SC-302 e SC-408.

Alfredo Wagner fica a 80km de Florianópolis e possui cerca de 9.500 habitantes.

Pórtico de Alfredo Wagner, a Capital das Nascentes:

Centro da cidade:

Praça da Bandeira (detalhe para a bandeira do município, a qual possui os mesmos traços e cores da bandeira do estado do Rio Grande do Sul):

Afluente do Rio Itajaí do Sul:

Secretaria municipal de educação e desporto:

Prefeitura municipal de Alfredo Wagner:

Praça da Bandeira, vista de outro ângulo:

Após rodar pelo centro seguimos até a igreja matriz São Cristóvão. Em frente a igreja encontramos um lagarto, que estava almoçando algumas goiabas e se assustou com a nossa chegada.

Após atrapalhar o almoço do cara, fizemos a foto em frente a igreja.

E fomos matar a nossa fome no Delícias da Roça, que fica ao lado da igreja.

Um fusca conversível, muito bem conservado, estava estacionado na sombra.

Delícias da Roça oferece produtos coloniais e também lanches.

O local é agradável, ambiente familiar e comida saborosa.

Gostamos da antiga geladeira transformada em adega:

Como o próprio nome do estabelecimento sugere, o local é repleto de delícias da roça :)

Após lanchar decidimos retornar para Floripa. Voltamos pela BR-282, agora sentido leste, e conforme nos aproximávamos de Rancho Queimado o dia passou a escurecer, eram aproximadamente 15h30 quando algumas nuvens negras surgiam do sul.

Entramos na cidade de Rancho Queimado para abastecer e comentei com o proprietário do posto que um temporal se aproximava. Ele disse que não iria chover, pois a chuva vinha do outro lado.

Abastecemos a Formosa e regressamos à rodovia BR-282, assim que chegamos no portal da cidade o dia havia se transformado em noite, então rapidamente fizemos o retorno e paramos a moto no mesmo posto onde, minutos atrás, havíamos abastecido.

Não demorou muito para um verdadeiro temporal atingir a cidade. Uma chuva constante, com ventos fortíssimos alagou o posto e algumas ruas da cidade. Aguardamos pacientemente por cerca de 1 hora, até que a chuva parou e então seguimos viagem.

Alguns quilômetros antes de Santo Amaro da Imperatriz o trânsito parou. Uma fila enorme de carros parados em nossa frente e nenhum veículo vindo do sentido contrário, fomos então ultrapassando os carros com cautela até chegar ao motivo da interdição da pista: um terrível acidente entre dois carros (provavelmente ocorreu durante o temporal).

Havia um caminhão dos Bombeiros na pista e três ambulâncias, enquanto a quarta chegava naquele exato momento ao local. A pista estava completamente interditada, aparentemente os dois carros se chocaram frontalmente. Um motorista nos indicou um desvio, então fizemos a volta e acessamos uma estrada de calçamento, rodamos até o centro de Santo Amaro da Imperatriz e saímos no segundo trevo da cidade.

Alguns minutos depois e o tempo fechou novamente, desta vez tomamos um verdadeiro banho. Estava tão quente que decidimos por não colocar as capas de chuva e seguimos viagem nos refrescando com as águas da chuva.

A chuva, que serviu para lavar nossas almas e nos batizar em nosso retorno às estradas, nos acompanhou até o acesso à Ilha da Magia, então no final do dia estávamos em casa, após um passeio incrível pelas rodovias catarinenses.

Trajeto percorrido: