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Dia 09: Cataratas do Iguaçu – Parque Nacional do Iguaçu | Foz do Iguaçu – PR
9 de Abril, 2021Bom dia Foz do Iguaçu, Paraná!
O território atualmente pertencente a Foz do Iguaçu era habitado majoritariamente por caingangues até a chegada do brasileiro Pedro Martins da Silva e do espanhol Manuel Gonzáles, que se estabeleceram na localidade no ano de 1881.
Em 1888 o local contava com a presença de 188 paraguaios, 93 brasileiros, 33 argentinos, 5 franceses, 2 uruguaios, 2 orientais e 1 inglês, perfazendo um total de 324 pessoas, além de inúmeros nativos.
No início do século XX a população já se aproximava dos 2.000 habitantes, que eram atraídos principalmente pela abundância de erva-mate e madeira nativa.
Em 1910 a localidade passou à condição de vila, sendo batizada de Vila Iguassu, distrito do município de Guarapuava.
No ano de 1914 veio a emancipação de Vila Iguaçu e em 1918 ocorreu a mudança de nome para Foz do Iguaçu.
Com a inauguração da Ponte Internacional da Amizade em 1965 e a conclusão da Rodovia BR-277 ligando Foz a Curitiba em 1969 o município teve seu desenvolvimento acelerado.
Desenvolvimento que foi intensificado ainda mais durante a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, que teve início em 1970, quando Foz do Iguaçu contava com uma população de aproximadamente 34.000 pessoas, e foi concluída em 1984, com a população já na casa dos 140.000 habitantes.
Atualmente Foz do Iguaçu conta com cerca de 260.000 habitantes, é caracterizada por sua diversidade cultural e ostenta o segundo lugar no ranking de destino mais procurado por turistas estrangeiros no Brasil.
E o principal motivo é o fato do município abrigar, ao lado de Puerto Iguazú, na província de Misiones, Argentina, o maior conjunto de quedas d’água do mundo, as Cataratas do Iguaçu.
Atrativo natural que decidimos explorar hoje, no nono dia da Expedição 2021: Guartelá – Iguaçu.
Parque Nacional do Iguaçu – Cataratas do Iguaçu
Local: Rodovia BR 469, Km 18 | Foz do Iguaçu – PR
Telefone: (45) 3521-4400
E-mail: contato@catarataspni.com.br
Site: https://cataratasdoiguacu.com.br/
Funcionamento: Terça a domingo das 9h00 às 16h00
Ingresso: R$ 50,00 brasileiros
Estacionamento: R$ 30,00
Tempo médio de visitação: 6 horas
No fim do século XIX o engenheiro, inventor e abolicionista André Rebouças, motivado pela criação da primeira área federal protegida do mundo, o Parque Nacional Yellowstone nos Estados Unidos, idealizou o Parque Nacional do Iguaçu.
Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, André Rebouças partiu para o exílio juntamente com a família imperial, esvaiando-se assim o sonho de criação da área protegida.
Anos mais tarde, mais precisamente em 1916, Santos Dumont visitou a região e ficou surpreso ao tomar ciência que a área onde se situam as cataratas pertencia a um particular, tanto é que após a visita fez questão de se reunir com Afonso Camargo, então presidente do estado do Paraná, e argumentar que o local deveria se tornar público e protegido.
Em três meses o estado do Paraná declarava de utilidade pública a área para que nela se estabelecesse uma povoação e um parque, algo que se concretizou apenas em 1939, com a criação do Parque Nacional do Iguaçu.
O segundo parque mais antigo do Brasil conta com uma área de 185.262 hectares, foi declarado Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO em 1986 e no ano de 2012 sua principal atração, as Cataratas do Iguaçu, foi eleita uma das 7 Maravilhas Naturais do Mundo.
Além das cataratas, o Parque Nacional do Iguaçu protege um dos mais significativos remanescentes da Mata Atlântica na América do Sul, moradia de importantes espécies da biodiversidade brasileira.
Com a Formosa devidamente estacionada acessamos o centro de visitantes, onde embarcamos em um ônibus híbrido (com motor elétrico e diesel) de dois andares.
Em instantes o silencioso ônibus começou a se locomover, para desespero de um pequeno menino que gritou alertando a todos que o veículo estava em movimento sem motorista.
Após algumas risadas o pai do menino explicou que a motorista estava no andar inferior, e por fim o guri se acalmou.
Minutos depois chegamos ao início da Trilha das Cataratas.
A Trilha das Cataratas possui uma extensão de 1.200 metros e oferece uma visão panorâmica do conjunto de quedas que formam as Cataratas do Iguaçu.
Bastam alguns passos pela trilha para dar de cara com algumas cascatas do paradisíaco lugar.
As cataratas são formadas pelas águas do Rio Iguaçu, que nasce em Curitiba, próximo à Serra do Mar, e serpenteia por 1.320 quilômetros até se encontrar com o Rio Paraná.
Iguaçu provém de Yguasu, que significa “Água grande” em tupi-guarani, sendo y (água) e guasu (grande).
Dezoito quilômetros antes de juntar-se ao Rio Paraná, o Iguaçu vence um grande desnível e se precipita em quedas de até 82 metros de altura, alcançando uma largura de 2.780 metros.
Sua formação geológica data de aproximadamente 150 milhões de anos, porém, a formação do acidente geográfico das cataratas iniciou-se a cerca de 200 mil anos.
Acima das cataratas o Rio Iguaçu mede 1.200 metros de largura e abaixo estreita-se num canal de até 65 metros.
Não bastasse todo o esplendor das 275 quedas d’água que compõem as cataratas, a flora e fauna que a rodeiam são de encher os olhos.
Poucos minutos parados observando a natureza que nos envolve são o suficiente para avistarmos alguns moradores locais, como o ágil caxinguelê, também conhecido como esquilo brasileiro.
A largura total das cataratas no território brasileiro é de aproximadamente 800 metros, e no lado argentino de 1.900 metros.
Aliás, para quem visita as Cataratas do Iguaçu é imprescindível conhecer a maravilha natural através dos parques nacionais dos dois países, Brasil e Argentina (visitamos o lado hermano durante o quinto dia da Expedição 2016: Missões – Cataratas), que proporcionam ângulos bem diferentes.
A vazão média do Rio Iguaçu, que conta com seis usinas hidrelétricas ao longo de seu leito, fica em torno de 1.500 metros cúbicos por segundo, variando de 500 m³/s nas ocasiões de seca a 8.500 m³/s nas cheias.
O maior volume de água ocorre normalmente no mês de outubro, e o menor justamente em abril.
Mesmo estando no mês com o menor caudal, a opulência e grandiosidade das Cataratas do Iguaçu encantam e apaixonam.
Enquanto nos beneficiávamos da energia local avistamos um veado-mateiro, mais conhecido como veado-pardo.
O lindo animal caminhava tranquilamente se alimentando de folhas.
Aos poucos ele se aproximou ficando a menos de um metro de nós, que acompanhamos a cena admirados e sem realizar movimentos bruscos.
Como é gratificante ver animais vivendo livres em seu habitat natural.
Na sequência nos sentamos em um banco disposto em um dos inúmeros mirantes ao longo da trilha e enquanto preparávamos um refrescante tereré fomos surpreendidos pela figura de um enorme macaco, que saltava entre uma árvore e outra.
Assim que o grande macaco avançou e desapareceu no verde da floresta começaram a surgir os demais membros do bando, e logo nos vimos cercados por, pelo menos, 30 primatas.
Alguns momentos não tem preço e ficam marcados para sempre em nossas vidas, certamente esse é um dos casos, onde nos alimentávamos com frutas frescas acompanhadas por um tereré tendo como cenário as Cataratas do Iguaçu e a companhia de diversos macacos-prego.
Finalizado o lanche avançamos pela trilha e não tardou para nos depararmos com outro mamífero, desta vez os icônicos quatis.
Eles foram surgindo lentamente e aos poucos uma grande quantidade do curioso animal se equilibrava pelas árvores ao nosso redor.
De maneira veloz escalavam as árvores, coletavam algumas frutas e as devoravam.
A presença dos pequenos animais ao longo do percurso do parque é tão frequente que eles se tornaram um dos símbolos de Foz do Iguaçu.
Avançamos pelo trajeto deixando os quatis para trás.
Alguns metros adiante passamos a ouvir o belo canto de um pássaro vindo muito próximo de nós.
Paramos e com os olhares atentos procuramos o cantor.
Logo encontramos um colorido bando de gralha-picaça, também conhecida como uraca.
Assim como os quatis, as gralhas-picaça são bastante exibidas, e nos acompanharam por um longo trecho.
As Cataratas do Iguaçu já serviram de cenário para diversos filmes, como Tarzan (1966), 007 Contra o Foguete da Morte (1979), A Missão (1986) e Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008).
Os caingangues tinham a crença de que o mundo era governado por M’Boy, um deus, filho de Tupã, com forma de serpente.
Reza a lenda que em determinado momento da história Igobi, o cacique da tribo, tinha uma filha chamada Naipi, que era tão bonita que as águas dos rios paravam para admirá-la quando a jovem se aproximava.
Devido à sua beleza, Naipi seria consagrada ao deus M’Boy, passando a viver somente para seu culto.
Porém, entre os caingangues um jovem guerreiro chamado Tarobá se apaixonou por Naipi.
E no dia da festa de consagração da jovem índia, enquanto o pajé e os caciques bebiam cauim (bebida a base de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá fugiu com a linda Naipi numa canoa que seguiu rio abaixo, arrastada pela correnteza.
Ao saber da fuga de Naipi e Tarobá, M’Boy ficou furioso.
Penetrou nas entranhas da terra retorcendo o seu corpo e produzindo uma enorme fenda que formou as cataratas.
Envolvidos pelas águas dessa imensa cachoeira, a piroga (embarcação indígena a remo) e os fugitivos caíram de uma grande altura desaparecendo para sempre.
Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas, enquanto Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio.
Debaixo dessa palmeira encontra-se a entrada de uma gruta onde um monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas.
A energia e magia que envolvem as Cataratas do Iguaçu é algo surpreendente.
Contemplando tamanha beleza nos permitimos voltar no tempo e imaginar como era o cotidiano dos nativos que viviam neste verdadeiro paraíso repleto de belezas naturais e selvagens animais.
Ou ainda pensar qual foi a reação do espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, primeiro europeu a conhecer as Cataratas do Iguaçu, ao ficar frente a frente com a maravilha natural pela primeira vez.
Aliás, Álvar Núñez Cabeza de Vaca foi um intrigante personagem do período da colonização das Américas.
Neto de Pedro de Vera, conquistador da Ilha de Gran Canaria, Cabeza de Vaca partiu para o Novo Mundo como tesoureiro da esquadra comandada por Pánfilo de Narváez em 1527.
A expedição passou por tempestades, deserções, doenças e outras dificuldades no Caribe, sendo que de um total de 600 homens, poucos sobreviveram e conseguiram desembarcar na Baía de Tampa, Flórida, em 1528.
Ali Cabeza de Vaca e outros membros da tripulação se separaram dos barcos e percorreram a costa a pé.
Tempos depois conseguiram construir balsas e navegaram pelo Golfo do México, onde algumas embarcações afundaram durante uma tempestade e apenas um dos grupos, no qual estava Cabeza de Vaca, conseguiu sobreviver e desembarcar perto da atual Ilha de Galveston, no Texas.
Durante o inverno de 1529 quase todo o grupo morreu de fome, frio ou de doenças, e apenas 15 pessoas sobreviveram. Na primavera desse mesmo ano os espanhóis que tinham sobrevivido decidiram seguir viagem e abandonaram Cabeza de Vaca, que estava doente.
Cabeza de Vaca se recuperou, viveu com os nativos americanos, foi escravizado, virou comerciante, se tornou curandeiro e em 1533 reuniu-se com outros três sobreviventes do naufrágio.
Juntos eles percorreram a região sudoeste dos Estados Unidos em busca de um assentamento espanhol, inclusive durante a jornada Cabeza de Vaca se tornou o primeiro europeu a ver o Grand Canyon.
Finalmente em 1536, após caminhar praticamente 8.000 quilômetros, os exploradores chegaram na Cidade do México, de onde retornaram para a Espanha no início de 1537.
La Relación (Relatório), ou o que veio a ser chamado Naufrágios, é o relato oficial das viagens de Cabeza da Vaca elaborado para a coroa espanhola. A obra foi publicada pela primeira vez em Zamora, Espanha, em 1542.
Como prêmio por suas peripécias, Cabeça de Vaca foi nomeado governador da província do Rio da Prata.
Assim sendo o espanhol se lançou novamente aos mares e voltou à América em 1940, quando desembarcou na Ilha de Santa Catarina acompanhado por 250 homens e 26 cavalos.
Após passar alguns meses curtindo as praias da Ilha da Magia, Cabeza de Vaca partiu pelo Caminho do Peabiru guiado pelos índios guaranis, e no dia 31 de janeiro de 1542 se deparou com esta paisagem que estamos vendo hoje, as inigualáveis Cataratas do Iguaçu.
Cabeza de Vaca seguiu seu rumo, caminhou até Assunção (esse gostava de fazer trekking), onde governou até 1545, quando foi acusado de crimes e enviado de volta à Espanha.
Segundo alguns historiadores Cabeza de Vaca foi negligenciado por acreditar e pregar que os nativos, com os quais conviveu durante anos na América do Norte, deveriam ser tratados com respeito, e não escravizados e dizimados.
Ao se aproximar do fim da Trilha das Cataratas nos deparamos com a cachoeira mais impressionante das Cataratas do Iguaçu, a Garganta do Diabo.
A sensacional queda d’água com o formato da letra “U” tem 80 metros de altura, 150 de largura e 700 de comprimento.
A Garganta do Diabo leva esse nome pois, segundo a lenda caingangue, é o local exato onde o deus M’boy vigia até hoje Naipi e Tarobá.
Na Garganta do Diabo é comum ocorrer a formação de um belo arco-íris, o qual, segundo a fábula, mantém o laço de amor e faz a ligação entre Naipi e Tarobá.
Quanta exuberância, encanto e imponência da natureza.
A parte triste da história, como sempre, fica a cargo do ser humano, que fez (e segue fazendo) do Rio Iguaçu o segundo rio mais poluído do país.
O mesmo ser humano que alagou o Salto das Sete Quedas (Saltos del Guairá) no Rio Paraná, que formava o maior conjunto de cachoeiras do mundo em volume de água, com 13,3 mil m³/segundo.
E que também foi o responsável pela criação de um lago artificial no Rio Uruguai, que em determinados períodos de cheia cobre a maior queda d’água longitudinal do planeta, com 1.800 metros de extensão, o Salto do Yucumã.
Envoltos pela energia ímpar gerada pela natureza devemos refletir e aprender a dar mais valor à ela, que nos concede tudo o que precisamos para viver em plenitude.
Além da Trilha das Cataratas o Parque Nacional do Iguaçu abriga outras duas trilhas, a Trilha da Bananeira e a Trilha do Poço Preto, que estavam temporariamente fechadas devido à pandemia.
No parque nacional também é possível sobrevoar as Cataratas do Iguaçu a bordo de um helicóptero, praticar rafting, cachoeirismo e se aventurar pelo Macuco Safari, onde um emocionante passeio de barco avança pelas águas do Rio Iguaçu chegando bem pertinho da Garganta do Diabo, algo semelhante ao passeio Aventura Náutica, que fizemos em nossa visita ao Parque Nacional Iguazú, no lado argentino.
Após caminhar pelas passarelas sobre as águas do Rio Iguaçu que avançam até a Garganta do Diabo chegamos ao Espaço Naipi, onde existem banheiros, loja de lembranças, lanchonetes e um elevador panorâmico.
Embarcamos no elevador e do alto conseguimos apreciar parte das quedas das cataratas por outro ângulo.
Por fim caminhamos até a Estação Espaço Porto Canoas, composto por restaurante, lanchonetes, banheiros e uma central de serviços.
Ali aguardamos a chegada de um ônibus, que nos levou de volta ao estacionamento, onde a Formosa nos aguardava ansiosa.
Após o belíssimo passeio pelo Parque Nacional do Iguaçu retornamos ao hotel, onde tomamos um banho, descansamos e no fim do dia rodamos até o Marco das Três Fronteiras.
Marco das Três Fronteiras
Local: Rua Marco das Três Fronteiras | Foz do Iguaçu – PR
Telefone: (45) 3132-4100
E-mail: contato@marcodastresfronteiras.com.br
Site: https://marcodastresfronteiras.com.br/
Funcionamento: Terça a domingo das 15h00 às 21h00
Ingresso: R$ 35,00
Tempo médio de visitação: 2 horas
O Marco das Três Fronteiras está localizado às margens do encontro das águas do Rio Iguaçu com o majestoso Rio Paraná, na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
O local proporciona o mais belo pôr do Sol de Foz do Iguaçu, mas por um descuido meu acabamos chegando após a despedida do Astro Rei.
Ao menos conseguimos apreciar por alguns minutos a beleza do céu multicolorido refletindo nas águas dos dois importantes rios.
A propósito, poucos metros após as águas do Rio Iguaçu se encontrarem com as águas do Rio Paraná ocorre outra junção, na qual o Rio Monday, vindo do Paraguai, se une ao caudaloso Rio Paraná.
Monday vem do guarani e significa “água que rouba”, sendo Mondá (ladrão) e Y (água), e o rio leva esse nome por abrigar diversas quedas d’águas, remetendo a ideia de alguém que venha navegando pelo rio e repentinamente se depara com a queda, onde as águas desaparecem, como alguém às tivesse roubado.
Essas cachoeiras do Rio Monday compartilham com as Cataratas do Iguaçu a mesma idade e formação geológica, bem como a mesma vegetação, são chamadas Saltos del Monday, ou Cataratas do Paraguai, e estão localizadas no município de Presidente Franco, vizinho de Ciudad del Este, bem pertinho de Foz do Iguaçu.
Tivemos a oportunidade de visitar os Saltos del Monday em duas ocasiões, a primeira durante o quarto dia da Expedição 2018: Asunción – Monday e a segunda em uma viagem a Presidente Franco e Ciudad del Este em 2020.
Voltando ao Marco das Três Fronteiras, o complexo turístico onde está o marco brasileiro é temático e remete às edificações das missões jesuíticas guaranis.
O local conta com loja de lembranças, lanchonetes, restaurantes, parque infantil e um amplo mirante.
Além de abrigar o marco, um obelisco pintado com as cores da bandeira nacional, idealizado pelo marechal Cândido Rondon e Dionísio Cerqueira, que foi inaugurado em 1903.
Na margem oposta do Rio Iguaçu figura um obelisco de mesmo formato e dimensões, mas com as cores da bandeira argentina, e no outro lado do Rio Paraná se encontra o monumento paraguaio, este com um formato diferente.
Os três marcos formam um triângulo equilátero que fixa o limite territorial e a soberania de cada país.
Ao que consta o obelisco paraguaio é diferente dos demais como forma de protesto à Guerra do Paraguai, também conhecida como Guerra da Tríplice Aliança, onde o Brasil, a Argentina e o Uruguai se uniram para combater contra o Paraguai, resultando no maior conflito armado internacional ocorrido na América Latina, um verdadeiro genocídio.
O obelisco brasileiro é rodeado por um belo chafariz, onde as águas bailam iluminadas por um jogo de coloridas luzes.
A área em volta do obelisco se transforma em um palco no início da noite, onde intervenções artísticas ao ar livre são iniciadas com a apresentação da Lenda das Cataratas, que retrata a história do amor proibido entre Naipi e Tarobá.
Em seguida a encenação do minueto transporta o visitante para uma viagem pela história da chegada dos europeus na região, narrada pelo apresentador que representa o espanhol Cabeza de Vaca.
Para encerrar a noite com chave de ouro é apresentado um espetáculo musical em homenagem aos três países.
O primeiro país homenageado é o Paraguai, quando os artistas animam o público vestindo trajes típicos embalados pela tradicional polca paraguaia, com muita elegância e sincronismo, principalmente durante a folclórica dança onde as mulheres equilibram garrafas sobre a cabeça.
Na sequência é a vez da homenagem à Argentina, momento em que um grupo de bailarinos vestidos a caráter apresenta o sensual e apaixonante tango.
Para concluir é chegada a vez do Brasil, e a apresentação artística envolve a todos com a contagiante alegria e energia do velho e bom samba brasileiro.
Assim nos despedimos deste maravilhoso dia, agora nos resta descansar, pois amanhã é chegado o momento de voltar para casa.
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer!
É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo denegrindo a imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas nos sinalizar que chegou até aqui ;)
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