Brasil • Cascavel • Expedição 2021: Guartelá - Iguaçu • Paraná
Dia 08: Cascavel – PR a Foz do Iguaçu – PR
8 de Abril, 2021O dia amanheceu ensolarado na “Capital do Oeste Paranaense”, Cascavel.
Após o desjejum iniciamos uma caminhada pela área central da cidade.
O território atualmente pertencente ao município de Cascavel era habitado por nativos caingangues no início do século XV, em 1557 chegaram os espanhóis, na década de 1730 os tropeiros e a partir de 1910 os colonos e descendentes de imigrantes eslavos, no auge do ciclo da erva-mate.
A pequena vila, que posteriormente se transformaria no atual centro urbano, começou a tomar forma em 1928.
Seu nome surgiu quando um grupo de tropeiros pernoitava nos arredores de um rio da região e em determinado momento passaram a ouvir o inconfundível som emitido por uma cobra cascavel.
A cobra foi morta, a história repassada e o local batizado de Pouso da Cascavel.
Na década de 1930 o ciclo da erva-mate chegou ao fim e deu lugar ao ciclo da madeira, quando um grande número de famílias oriundas principalmente do Rio Grande do Sul e Santa Catarina chegaram para explorar a densa floresta de araucárias que cobria a região.
Para quem passa pelo oeste paranaense nos dias atuais é difícil imaginar que toda aquela imensidão de terras, hoje cobertas por extensas áreas de plantio, já abrigaram uma gigantesca selva, repleta de pinheiros do paraná.
A emancipação de Cascavel ocorreu em 1952, isso aliado à sua topografia privilegiada fez com que a cidade fosse planejada com ruas e avenidas largas e bairros bem distribuídos.
Atualmente Cascavel abriga cerca de 330.000 habitantes, é o polo econômico regional e sua economia é alicerçada no agronegócio, com destaque no cultivo de soja e milho.
Um dos principais ícones do município é a inusitada Catedral de Nossa Senhora Aparecida.
Tendo sua primeira missa realizada em 1974, a igreja matriz de Cascavel foi projetada pelo arquiteto Gustavo Gama Monteiro e destaca-se por seu formato.
Seu telhado em laje plissada é composto por 18 gomos de concreto armado sobre 18 colunas, formando um leque que representa o manto e a coroa de Nossa Senhora Aparecida.
O templo religioso tem capacidade para receber 2.500 pessoas e seu interior é decorado com lindas obras do artista Dirceu Rosa, o mesmo responsável pela escultura com duas mãos segurando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida instalada em 1995 ao lado da igreja.
Conhecido o centrinho de Cascavel subimos na Formosa e rodamos até o Parque Ecológico Paulo Gorski.
Também chamado de Lago Municipal, o parque é uma área de conservação ambiental e lazer, que junto com o zoológico municipal forma a maior reserva ecológica urbana do sul do Brasil, com cerca de 1.170.000 m².
Criado em 1977, o local abrange um amplo lago formado pelas nascentes do Rio Cascavel, que contribui com 60% da água utilizada no abastecimento da cidade.
No entorno do lago existe uma pista compartilhada entre pedestres, ciclistas, skatistas e patinadores com um trajeto superior a 6 quilômetros, que infelizmente estava fechada temporariamente devido à pandemia.
O Parque Ecológico Paulo Gorski protege uma flora composta majoritariamente por pinheiro araucária, canela, ipê, bracatinga, aroeira, acácia, erva-mate, legustre, tipuana, caroba, guabirova e cerejeira.
A fauna ali presente reúne capivara, veado, macaco-prego, frango d’água, jaçanã, ganso, marreco, joão-de-barro, pica-pau e uma infinidade de peixes.
Ainda no Parque Municipal Paulo Gorski pudemos apreciar a pequena e charmosa Igreja Nossa Senhora de Fátima.
A Igreja do Lago, como é conhecida nos dias atuais, é a primeira igreja erguida em Cascavel, foi inaugurada em 1960 no distrito de São João d’Oeste e realocada para o atual local em 1980.
Nas proximidades do parque municipal fica o Kartódromo Delci Damian, inaugurado em 1992.
Do parque ecológico voltamos a rodar pela cidade paranaense e a próxima parada foi na bela Praça Itália.
Inaugurada em 2006, a praça é uma homenagem aos imigrantes italianos e é lindamente decorada com coloridas flores em torno de um amplo chafariz.
O principal destaque da praça é um obelisco que sustenta a réplica do Leão Alado do Porto de Veneza, com a inscrição grazie e tutti (obrigado a todos).
A poucos metros da Praça Itália fica a Casa Dirceu Rosa, residência, atelier e museu do importante artista plástico brasileiro.
Nascido em Apucarana, Dirceu Rosa é conhecido, sobretudo, por suas esculturas sacras em grande escala.
O artista possui obras espalhadas por todo o mundo e só no Brasil mais de 270 igrejas são decoradas com peças contendo sua assinatura.
A marca registrada de Dirceu Rosa é mesclar mãos em suas obras, um desafio que exige delicadeza e talento.
O próximo local que visitamos é uma das igrejas que abriga obras do artista, a Paróquia São Cristóvão.
A igreja foi inaugurada em 1976 e, assim como a matriz da cidade, se destaca por sua diferenciada arquitetura.
Além das largas ruas e avenidas, Cascavel possui uma faixa exclusiva para circulação de ônibus e uma extensa ciclovia.
A cidade conta também com um local denominado Espaço da Estação Cidadania, onde existem banheiros públicos, parque infantil, academia, locação de bicicletas, lanchonetes e outros serviços.
Da Igreja São Cristóvão seguimos até outra igreja, a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
A Igreja Ucraniana de Cascavel foi inaugurada em 2004 e possui estilo oriental bizantino.
As cinco abóbadas que ornamentam o templo religioso chamam a atenção e podem ser vistas de diversos pontos da cidade.
Na sequência passamos pela Praça Japão, inaugurada em 2010 durante a comemoração do centenário da imigração japonesa no Brasil.
Depois avistamos outra igreja com arquitetura fora dos padrões convencionais, a Paróquia São João Batista.
Dali fomos até a Praça do Migrante Florêncio Galafassi, inaugurada em 1977.
A praça fica no ponto exato onde o comércio local nasceu e prosperou.
No centro da praça um grande espelho d’água ostenta cinco grandes rampas de concreto que representam um gráfico, como se fosse o volume de migrantes que Cascavel recebeu de cada região brasileira.
Logo após passamos pela Praça Vereador Luiz Picolli, popularmente conhecida como Praça da Bíblia.
E então fizemos uma breve pausa em frente à prefeitura municipal para uma foto do FredLee.
Antes de nos despedir de Cascavel retornamos ao Parque Ecológico Paulo Gorski para nos alimentar.
Ali preparamos um tereré e saboreamos algumas bananas, laranjas e bergamotas.
Tendo como plano de fundo a beleza do local, envoltos pela tranquilidade do parque municipal, ouvindo o canto de vários pássaros e observando algumas capivaras que caminhavam lentamente no lado oposto do grande lago.
Instantes depois estávamos no movimentado e confuso Trevo das Cataratas, entroncamento da principal via de Cascavel, a Avenida Brasil, com as rodovias BR-277, BR-369 e BR-467.
Vencido o trevo voltamos a rodar pela BR-277 sentido oeste.
Logo passamos por uma praça de pedágio, onde deixamos R$ 7,00, e avançamos pela rodovia federal de mão dupla.
Cruzamos Céu Azul e Matelândia, onde a rodovia passou a ser duplicada e a tarifa de pedágio aumentou para R$ 9,20.
Após percorrer cerca de 140km e descer aproximadamente 600 metros de altitude chegamos em Foz do Iguaçu, onde tratamos de localizar um hotel para relaxar e decidir o que fazer amanhã.
Trajeto percorrido no dia:
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer!
É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo denegrindo a imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas nos sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
Ah, e pode ficar tranquilo, seu endereço de e-mail será mantido sob sigilo total (sabemos guardar segredos, palavra de escoteiro) e não será publicado.