A terça-feira amanheceu encoberta por uma densa neblina na cidade de Canela – RS.
Após o café da manhã vestimos as roupas de viagem e carregamos as bagagens na Formosa.
Tudo pronto, partimos para uma voltinha pelas ruas centrais da cidade serrana.
Canela é famosa por abrigar em seu território a Cascata do Caracol, que fica dentro do Parque Estadual do Caracol, o segundo destino mais visitado do sul do Brasil, que exploramos em dezembro de 2019 (relembre aqui).
Como já visitamos a cidade em outras ocasiões, inclusive residimos nela por um tempo, dessa vez nossa passagem por Canela se resumiu a um breve passeio a bordo da Formosa por seu charmoso centrinho.
Contornamos a conhecida Catedral de Pedra, inaugurada em 1987.
E nos despedimos da cidade pela Avenida das Hortênsias, rumo a Gramado.
Outra cidade que visitamos diversas vezes e que foi nossa morada por alguns anos.
Em dezembro de 2019 a Sayo e o FredLee estiveram no município e percorreram algumas áreas rurais através do Tour Linha Bella.
A Formosa viu as fotos da estrada asfaltada, estreita e sinuosa que corta o interior do município e ficou com ciúmes (eu também).
Aproveitamos então a oportunidade e partimos rodar pela Estrada Linha Bonita, que avança pelo interior de Gramado.
Cerca de 6km após passar pela Rua Coberta, e descer mais de 200 metros de altitude, chegamos na Casa Centenária.
O lindo casarão, típico do início da colonização local, é propriedade da família Ferrari.
Foi construído em meados de 1900 pelo casal de imigrantes italianos Benedito e Elisabetha Ferrari.
Parte da histórica casa é sustentada por troncos de madeira de pinheiros inteiros e roliços, que foram cortados e trabalhados no próprio local da construção.
Outra parte fica sobre um grande porão de pedras, onde são armazenados vinhos, salames e queijos.
É possível conhecer seu interior, ouvir a história dos moradores e comprar delícias artesanais ali produzidas, mas durante nossa passagem o local estava fechado, talvez por se tratar de um feriado, ou por conta da pandemia.
Da Casa Centenária foram poucos minutos até o Moinho Cavichion.
O moinho colonial, fundado em 1920, é movido pela força de uma roda d’água de quase 70 anos que está em pleno funcionamento.
Ao seu lado fica a Capela São Pedro Claver, inaugurada em 1961.
E nas proximidades está a Ervateira Marcon.
A bebida típica do Rio Grande do Sul é destaque nesta propriedade, que infelizmente estava fechada, onde é possível conhecer o processo artesanal de produção da erva-mate.
Da ervateira voltamos a rodar pelo interior de Gramado.
E a próxima parada foi na localidade de Linha Nova, ponto inicial da colonização italiana no município em 1885.
Ali fica a propriedade da família Bof, onde está o Marco Zero de Gramado, o primeiro mercado da cidade e o primeiro açougue e abatedouro da região.
Enquanto fazíamos algumas fotos em frente ao local um cachorro apareceu e não demorou muito para se tornar nosso mais novo amigo.
De frente para a propriedade da família Bof fica a primeira igreja de Gramado.
A atual Capela São José, de 1953, foi erguida pelos imigrantes alemães e italianos que ali nasceram e fizeram sua história.
Conhecido o local onde nasceu Gramado retornamos pelo mesmo trajeto.
O interior do município é muito bonito (faz jus ao nome Linha Bonita), rodeado por belas propriedades, históricas construções e vários locais que recebem de braços abertos os turistas.
Nos atrativos é possível adquirir produtos locais, se deliciar com os tradicionais cafés coloniais e ouvir a história dos descendentes daqueles que fundaram a cidade que é hoje um dos maiores destinos turísticos do país.
Gramado abriga nos dias atuais cerca de 36.000 habitantes, teve sua emancipação estabelecida em 1954 e seu nome surgiu pelo fato do local onde a cidade estar situada ser ponto de passagem e descanso dos tropeiros, que repousavam sob a sombra de belas árvores, em um amplo campo gramado.
Antes de encerrar nosso passeio pelas linhas Bonita e Nova paramos em outro local conhecido pela Sayo em 2019, o Casarão da Família Visenzo Marcon.
A antiga edificação, também conhecida como Velho Casarão, foi construída no ano de 1919.
Dali retornamos ao centro de Gramado.
Onde descemos pela primeira vez a Ladeira Florida, mais conhecida como Rua Torta.
Sinuosa e florida, a Rua Torta de Gramado foi inspirada na Lombard Street de São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos.
Como a Ladeira Florida termina em frente à Praça das Etnias, aproveitamos para estacionar a Formosa nos arredores e caminhar até os fornos de pedra que ficam na ampla praça, bem ao lado da Estação Rodoviária de Gramado, onde são produzidos deliciosos pãezinhos de linguiça, pãezinhos de queijo e cucas de vários sabores.
Com os alforjes da Formosa cheios de gostosuras nos despedimos do centrinho de Gramado.
Assim que passamos pelo pórtico da cidade nos vimos envoltos por escuras e carregadas nuvens negras, não titubeamos e paramos na primeira oportunidade para colocar as capas de chuva.
Sábia decisão, pois poucas curvas adiante um verdadeiro temporal nos atingiu e com ele rodamos até a divisa entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul, demarcada pelas águas do Rio Caí.
Após cruzar a ponte sobre o Rio Caí deixamos a rodovia BR-116 e acessamos a RS-452, pela qual rodamos poucos quilômetros até encontrar uma ótima sombra às margens da rodovia.
Ali fizemos uma breve pausa para tirar as capas de chuva, afinal o sol estava forte e o calor nos assando, e, claro, aproveitamos para devorar alguns pãezinhos de linguiça comprados no centro de Gramado.
Mais tranquilos sem as capas de chuva, e com o estômago forrado, seguimos até Bom Princípio, onde acessamos a RS-122, pela qual seguimos entre uma pancada de chuva e outra até São Vendelino, quando passamos a percorrer a RS-446.
Em Carlos Barbosa acessamos a BR-470 pela qual cruzamos Garibaldi e Bento Gonçalves.
Antes de iniciar a descida do Vale do Rio das Antas paramos em um quiosque às margens da rodovia onde uma placa indicando a venda de bananas orgânicas nos chamou a atenção.
Com uma linda vista do Rio das Antas nos alimentamos e depois demos sequência na viagem, percorremos o maravilhoso trecho sinuoso da Serra Gaúcha entre Bento Gonçalves e Veranópolis.
E logo chegamos em Nova Prata, onde deixamos a rodovia federal para percorrer a RS-324, que nos levou até Passo Fundo.
De Passo Fundo foram poucos quilômetros, cerca de 80, pela rodovia RS-135 até Erechim, onde chegamos no fim do dia, a tempo de curtir um lindo pôr do Sol.
Trajeto percorrido no dia:
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