Brasil • Expedição 2020: Belas Rotas • Rio de Janeiro • Teresópolis
Dia 26: Parque Nacional da Serra dos Órgãos | Teresópolis – RJ
23 de Novembro, 2020A segunda-feira amanheceu encoberta por nuvens em Teresópolis – RJ, mas sem chuva.
Decidimos então ficar mais um dia na cidade e voltar ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos para percorrer algumas trilhas que deixamos de fazer no último sábado.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Parnaso – ICMBio | Sede Teresópolis
Local: Avenida Rotariana | Bairro do Alto | Teresópolis – RJ
Telefone: (21) 2152-1100 | (21) 2642-4072
E-mail: icmbioteresopolis@icmbio.gov.br
Site: https://www.icmbio.gov.br/parnaserradosorgaos/
Funcionamento: Todos os dias das 8h00 às 17h00
Ingresso: R$ 21,00
Tempo médio de visitação: 9 horas
De volta ao parque seguimos até o primeiro estacionamento, onde deixamos a Formosa curtindo um ar puro.
Com as mochilas carregadas com água mineral e bananas iniciamos a caminhada do dia pela Trilha da Primavera.
A pequena trilha, com aproximadamente 500 metros de extensão, segue por dentro da mata preservada.
Devido às fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias, inclusive na última noite, o percurso estava bastante molhado e com várias folhas e pequenos galhos no solo.
Nada que atrapalhasse a caminhada, então seguimos curtindo o belo passeio com a cautela necessária.
Logo chegamos ao fim da trilha, que se encerra em uma bifurcação.
Seguindo para a direita volta-se para a estrada que corta o Parnaso, enquanto a esquerda acessa outra trilha, a Trilha 360.
Optamos pela Trilha 360, um percurso circular que conta com duas ramificações, uma que leva até o Mirante Mozart Catão e Alexandre Oliveira e outra até o Mirante Cartão Postal.
A extensão total da Trilha 360 é de 2.600 metros, podendo ser elevada para 4.000 metros caso percorrida as duas ramificações que levam aos mirantes.
O percurso segue em meio a Mata Atlântica.
Pequenos córregos, muitos pássaros e uma infinidade de flores completam o cenário.
Alguns minutos e vários passos depois chegamos na Fonte Othon Leonardos.
A linda queda d’água leva o nome em homenagem a um dos três experientes alpinistas brasileiros que protagonizaram uma das mais trágicas e dramáticas mortes ocorridas no Aconcágua.
Em 1998 uma avalanche levou Mozart Harstenviter Camua, o Catão que dá nome a uma das trilhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e que foi o primeiro brasileiro a atingir o Everest, a desaparecer nos precipícios da Parede Sul da montanha mais alta fora da Ásia, com 6.961 metros de altitude.
Seus companheiros, Othon Leonardos e Alexandre Oliveira, sobreviveram ao choque e ficaram pendurados por uma corda, mas padeceram mais tarde de frio.
Assim que chegamos ao mirante que presta homenagem aos dois alpinistas teresopolitanos (Mozart Catão e Alexandre Oliveira) uma forte névoa surgiu repentinamente.
Nos possibilitando ver parcialmente a cidade de Teresópolis e nos impedindo de ver o Parque Estadual dos Três Picos, que fica aos fundos.
Após recarregar as energias com as bananas e nos hidratar com água voltamos a caminhar.
Passamos por uma área repleta de palmito-juçara, espécie ameaçada de extinção pelo corte indiscriminado.
E com várias espécies de cogumelos, uma mais linda que a outra.
Pelo que nos informaram o melhor período para explorar o Parque Nacional da Serra dos Órgãos é durante o outono e inverno, quando ocorre a chamada temporada de montanhismo.
Durante a temporada de montanhismo as chances de obter uma visão plena das montanhas são grandes, ao contrário da primavera e verão, quando a junção da elevada quantidade de chuvas, alta umidade da Mata Atlântica e o choque térmico local resultam na rápida e constante formação de névoas.
Cercados pela neblina avançamos pela maravilhosa trilha que conta com algumas curvas tão fechadas que nos lembraram da Rodovia Ubatuba-Taubaté, a qual percorremos no décimo terceiro dia da Expedição 2020: Belas Rotas.
Entre uma curva fechada e outra, mas sem raspar as pedaleiras, avançamos até o Mirante Borandá.
Assim que chegamos no mirante que fica voltado para a Serra dos Órgãos e para a cidade do Rio de Janeiro a chuva começou a cair.
Com baixa visibilidade nos sentamos no banco do mirante e durante alguns minutos nos beneficiamos da paz do local, acompanhada pelo silêncio interrompido apenas pelas fortes gotas da chuva caindo na mata, o som das folhas balançando nas árvores e dos pássaros cantando alegremente.
De corpo e alma lavados avançamos pela florida trilha, uma das vantagens e espetáculos proporcionados durante a primavera.
Logo chegamos na bifurcação onde tivemos que optar em seguir para a saída da trilha ou subir até o Mirante Cartão Postal.
Como conhecemos o Mirante Cartão Postal em nossa visita ao parque nacional no sábado e o tempo estava completamente fechado devido à neblina, optamos por caminhar em direção à saída.
Cruzamos por enormes árvores, dentre elas vários jequitibás.
E na sequência retornamos à Estrada da Barragem, via que cruza boa parte do parque e por onde circulam os veículos.
Caminhamos alguns metros pela estrada de calçamento, que fica bastante escorregadia quando molhada.
E adentramos na Trilha Poço Dois Irmãos.
A pequena trilha segue a maior parte de seu trajeto costeando o Rio Beija-Flor.
Em determinados momentos cruza algumas áreas bem fechadas pela densa floresta, mas com o caminho muito bem demarcado.
Aliás, todas as trilhas do parque são bem demarcadas e sinalizadas, contando com diversos mapas espalhados pelos percursos, evitando o pânico até mesmo em aventureiros menos experientes como os que vos narram o relato.
Em minutos chegamos ao belo Poço Dois Irmãos, um ótimo ponto para banho.
A piscina natural formada pelas águas do pedregoso Rio Beija-Flor é de uma beleza ímpar.
Devido à pandemia está proibido entrar nas cachoeiras e poços, então admiramos a beleza local por alguns instantes, fizemos várias fotos e seguimos adiante.
Avançamos pelo trajeto que margeia o belo rio e por fim chegamos ao Poço do Castelo.
O tranquilo e belo poço fica a cerca de 100 metros do portão de entrada do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
Ali fizemos uma breve pausa para descanso em meio a toda tranquilidade e agradável som da queda d’água do pequeno rio.
O fim do dia já se aproximava quando nos despedimos do Parnaso tendo em mente retornar assim que possível (na próxima vez durante o período da temporada de montanhismo), não somente para percorrer as mesmas trilhas que fizemos durante a Expedição 2020: Belas Rotas, mas também para percorrer a Trilha da Pedra do Sino (que possui uma extensão de 11km) e, que sabe, fazer a travessia Petrópolis-Teresópolis, que deve ser sensacional.
E como o parque fica a cerca de 2 quilômetros do Mirante do Soberbo não poderíamos ir para o hotel sem antes dar uma passadinha pelo belvedere, na esperança de hoje conseguir avistar a majestosa Serra dos Órgãos do local.
Desta forma rodamos até o mirante, o qual contava com a presença de algumas pessoas, mas novamente a cadeia montanhosa estava praticamente toda coberta pela densa névoa.
Acompanhados pela nebulosidade voltamos ao hotel para descansar, pois amanhã pegamos estrada novamente.
Estamos ansiosos para ler tudo aquilo que tu tem para dizer! É chegado o momento de abrir este coração e compartilhar tua opinião, crítica (exceto algo desfavorável à imagem da Formosa), elogio, filosofar a respeito da vida ou apenas sinalizar que chegou até aqui ;)
Mas atenção, os campos marcados com * são de preenchimento obrigatório, pois assim mantemos (ou tentamos manter) o blog bonitinho, livre de robôs indevidos.
Ah, relaxe, seu endereço de e-mail será mantido sob sigilo total (sabemos guardar segredos, palavra de escoteiro) e não será publicado.